Na segunda sessão de debate do Conotel 2011, o tema foi Impactos do Cenário Econômico na Hotelaria Brasileira. O palestrante foi Geraldo Magela, do Banco Central e os debatedores foram Adolfo Cyriaco, da ABIH-SP, Luiz Ramos, do Grupo Fitta e João Peres, do Sindal. Magela apresentou a estruturação do mercado cambial no país e como o hoteleiro pode se tornar um possível agente de câmbio. “As oportunidades com os grandes eventos são muito grandes e a hotelaria ainda trabalha pouco com câmbio, ou seja, há um campo enorme para desenvolvimento”, disse.
Apresentando o cenário atual, Magela destacou a melhora na economia brasileira, o incremento do turismo receptivo e emissivo, a demanda por tranferências de pequenos valores de forma mais ágil e com menor custo, dinheiro de “plástico” e as alternativas eletrônicas para pagamento e conversão, prevenção da prática de lavagem de dinheiro e os grandes eventos esportivos. Segundo Magela, a grande vantagem de um hotel se tornar correspondente cambial é pela sua proximidade com o turista. “O hotel está aberto 24 horas, o que facilita a trasação para o turista. Além disso, os baixos custos da operação é um atrativo para o empreendimento, que poderá atender as demandas de seus clientes”, comentou. Entre as vantagens para o hoteleiro ele destacou a simplificação das operações até US$ 3 mil, que agora dispensa o contrato de câmbio e a apresentação de qualquer documentação, exceto a identificação.
Magela lembrou da importância de se ter correspondentes cambiais para atender a grande demanda que os grandes eventos trarão ao país. “Este é um cumprimento que o Brasil deverá atender, por exigência da Fifa”, comentou. Atualmente, são 877 correspondeste em todo território nacional. Para finalizar, Magela ainda anunciou outras melhorias na transação cambial, que tem vigência a partir de 2012: a criação de uma empresa facilitadora de pagamento internacional, que dá maior segurança para o cliente no comérico eletrônio e eleva a competitividade do país; e a padronização da tarifa e da nomenclatura cambial (VET: Valor Efetivo Total), onde o cliente terá maior transparência na transação. “Ele saberá o custo real da moeda, das taxas e de toda sua transação. Isso aumentará a concorrência e o cliente poderá comparar as tarifas antes de fechar negócio”, disse.
Leila Melo e Lisia Minelli