
Quem visitou o Cubo Verde Brasil e prestigiou o projeto foi a empresária Luiza Trajano, que elogiou a iniciativa da Embratur (Divulgação/Embratur)
Com as atenções do mundo todo na Olimpíada de Paris, a bandeira verde e amarela está sendo representada além das competições. Como proposta de mostrar um pouco do Brasil, entre tantas atrações dispostas em 5 mil metros quadrados na Casa Brasil, está o projeto Mimbó Artesanato, num cantinho do Cubo Verde Brasil, com peças produzidas pela comunidade quilombola localizada no município de Amarante, a 170 km de Teresina, no Piauí.
Todos os dias, milhares de pessoas estão visitando a Casa Brasil e tendo acesso à pedaços de uma grande diversidade cultural que o Brasil tem. Um deles é representado pelo artesanato, que valoriza também a origem e a ancestralidade brasileira.
“Estamos falando de quilombos, de mulheres negras, de memórias do nosso país, mas também do Brasil que queremos para o futuro. O Brasil que respeita a sua cultura, que trata a sustentabilidade como prioridade e tem o turismo como uma atividade de baixo impacto ambiental e de altíssimo impacto social e cultural”, afirmou o presidente da Embratur, Marcelo Freixo.
Quem visitou o Cubo Verde Brasil e prestigiou o projeto foi a empresária Luiza Trajano. Listada pelo jornal britânico “Financial Times” como uma das 25 mulheres mais influentes do mundo e marcada por sua trajetória de compromisso com a inclusão social e a igualdade de oportunidades, a líder do Grupo Magazine Luiza elogiou a iniciativa de levar o artesanato quilombola do Brasil até Paris.
”São projetos como esses que fazem a diferença na vida das pessoas. É muito importante que essas iniciativas tenham espaço para serem reconhecidas dentro e fora do Brasil. Eu estou encantada com essa casa aqui”, parabenizou Luiza Trajano.
O projeto de empreendedorismo iniciou com 13 mulheres e foi desenvolvido pela designer Kalina Rameiro. Ela identificou as oportunidades da região e transformou a arte cultural em produtos artesanais e, atualmente, são 25 mulheres engajadas no projeto. A partir de retalhos de tecidos, as mulheres do Quilombo Mimbó retratam a cultura piauiense e garantem renda digna para as famílias. Um trabalho comunitário que ganhou ainda mais força com a chegada do turismo.
“Essa ponte entre turismo e artesanato é um chamando o outro. Não existe um turismo forte sem ter uma região que tem um artesanato forte também. E quem vai conhecer as belezas do Brasil, também quer adquirir alguma coisa para si. Então, essa parceria com a Embratur e o Sebrae, para trazer uma mulher de um Quilombo, que é a primeira vez que tirou um passaporte, que era uma realidade muito distante dela, isso é uma inclusão social, isso é uma inovação na sociedade brasileira, como um todo, e no turismo também”, afirmou Kalina Rameiro.
A Casa Brasil funcionará todos os dias da Olimpíada, das 13h às 22h. A programação tem como objetivo apresentar a cultura e os destinos turísticos brasileiros ao mundo. O espaço em Paris é uma ação do Comitê Olímpico do Brasil (COB), com patrocínio da Embratur e do Sebrae.