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Feiras e Eventos

Artesãs transformadoras de sementes participam da Fit Pantanal pela primeira vez

Mandalas confeccionadas com sementes e capim

Sementes, cascas, escamas de peixe, galhos e até capim são transformados em artesanato nas mãos das artesãs Nair Cassel e Olidina Rodrigues. Pela primeira vez, as artesãs de Sinop e Poxoréu participaram da Feira Internacional do Turismo do Pantanal – Fit Pantanal 2023, na capital, Cuiabá. Ao todo, a maior feira turística de Mato Grosso reuniu 65 artesãos de 34 municípios.

De Poxoréu, Olidina Rodrigues mostrou o que aprendeu ainda na adolescência. Filha de garimpeira, Olidina relembra que enquanto a mãe buscava ouro no garimpo, ela recolhia sementes, cascas de frutos e os transformava em artesanato.

“Eu com 15, 16 anos de idade fui aperfeiçoando técnicas para chegar a esse formato de mandala e espelhos. Expor meu trabalho aqui na Fit Pantanal é uma grande oportunidade. Essa é a primeira vez que Poxoréu traz sua arte para Fit e estamos muito felizes com os visitantes adquirindo nossa arte”, destacou Olidina.

Nair Cassel utiliza escamas do pirarucu em sua arte

Nair Cassel, que veio de Sinop, começou a transformar sementes e cascas de árvores quando trabalhava na lavoura de milho. Ao deixar o campo, a artesã quis inovar em suas peças de artesanato utilizando até escamas do pirarucu para produzir produtos como chaveiros, caminhos de mesa e sinos dos ventos. As sementes e cascas ganharam formas de biojóias e artigos decorativos que deixam o ambiente sofisticado e bem mato-grossense.

“O que mais vendo hoje são os colares de mesa feitos com escama de pirarucu, essas peças estão em alta. Essas escamas, sementes, cascas, capim que utilizamos nos produtos são regulamentados pelos órgãos ambientais e do artesanato do Estado. A Fit Pantanal é uma oportunidade única de trazer o artesanato de Sinop para uma feira internacional, e ainda melhor, a nossa maior feira turística do Estado”, enfatizou.

A matéria prima utilizada pelas duas artesãs mato-grossenses é repleta da biodiversidade do cerrado, como cascas de pau doce, jatobá, cipó do brejo, olho de boi, escamas de pirarucu, sementes de champanhe, cumaru, dentre outras espécies da flora mato-grossense.

O público que passou pela Fit Pantanal também encontrou peças de artesanato indígenas, em madeira, cestaria, cerâmica e a arte desenvolvida pelas redeiras. De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, em 2022 o setor de artesanato movimentou a economia em cerca de R$ 500 mil no Estado.

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