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Feiras e Eventos

Abeoc: eventos movimentaram R$ 209 bi em 2013

Anita Pires, presidente da Abeoc Nacional

Anita Pires, presidente da Abeoc Nacional


O volume de recursos movimentado pela indústria de eventos no Brasil mais que quintuplicou em 12 anos, segundo um  inédito contratado pelo Sebrae em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc). No ano passado o volume movimentado foi de R$ 209,2 bilhões, o que representa uma participação do setor de 4,32% do PIB. A última pesquisa sobre esse mercado, feita em 2002 com dados de 2001, apontou que a renda anual da indústria de eventos foi de R$ 37 bilhões naquele ano.

A renda total desse mercado é a soma dos gastos feitos pelos participantes de feiras, congressos e outros eventos, pela receita gerada com a locação dos espaços destinados a esses encontros e o faturamento das organizadoras de eventos. Em 2013, o Brasil sediou 590 mil eventos, 95% deles nacionais e metade realizada na região Sudeste. Ao todo, eles tiveram a participação de 202,2 milhões de pessoas que gastaram, em média, R$ 161,80 por dia (o que somou gastos de R$ 99,3 bilhões).

“Desde 2009 o Brasil está entre os 10 países do mundo que mais sediam eventos internacionais, de acordo com o indicador do International Congress and Convention (ICCA). Os dados mais recentes mostram que, em dez anos, o número de congressos e convenções de negócios internacionais realizados no Brasil cresceu 408%. Entre 2003 e 2013, o total de eventos internacionais passou de 62 para 315. No mesmo período, o número de cidades que sediaram eventos internacionais subiu 145%, passando de 22 para 54 e ainda há muito espaço para o crescimento do setor”, afirmou o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Para a presidente da Abeoc Brasil, Anita Pires, as informações da pesquisa são fundamentais para o planejamento das empresas. “A partir dos dados levantados, os empreendedores podem orientar investimentos, definir a ampliação dos negócios, ver os pontos fortes e fracos do mercado, onde pode haver demandas para novos negócios. Tudo isto é fundamental para a criação de políticas de mercado e de políticas públicas para o setor junto com o poder público”, adisse. Anita Pires ressalta que o dimensionamento é uma ferramenta que vai facilitar a sobrevivência das empresas e motivar o crescimento do setor, que cresce cerca de 14% ao ano.

Estrutura – O estudo também mapeou a estrutura disponível para os eventos no Brasil. O país tem 9.445 espaços para feiras, congressos e eventos de diversas naturezas que totalizam 10,2 milhões de metros quadrados e 9,2 milhões de assentos. A locação desses espaços gerou, em 2013, mais de R$ 37 bilhões. O aluguel de cada assento para reuniões e afins custa, em média, R$ 9,90 por dia. O preço da locação diária do metro quadrado para feiras e afins é R$ 11,26. Os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro são os mais procurados para o aluguel de espaços.

Receita – A receita das empresas organizadoras de eventos aumentou 18 vezes, em 2013, se comparada a 2001. Ano passado, as mais de 60 mil empresas que organizam feiras, congressos e exposições lucraram R$ 59 bilhões e, em 2002, a receita delas não chegava a R$ 4 bilhões.

Perspectivas – O estudo também traçou desafios e perspectivas do mercado até 2020. Os pesquisadores concluíram que esse segmento vai continuar em ascensão nos próximos anos, mas ocorrerão mudanças no perfil do público, que ficará mais exigente. Haverá ainda a criação de novos nichos como eventos online, o que exige um maior preparo dos empreendedores da área.

A pesquisa foi realizada pelo Observatório do Turismo da Faculdade de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal Fluminense, com apoio do ForEventos (Fórum do Setor de Eventos), e será divulgada na íntegra no dia 14 de outubro na Fecomércio em São Paulo.

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