
O diretor do Grupo Vida Sol e Mar, Enrique Litman
No final da temporada de 2012, o Instituto Sea Shepherd – ONG de proteção dos mares – protocolou a primeira denúncia contra o turismo de observação de baleias-francas em Santa Catarina. Com isso, em dois anos, a pratica deixou de arrecadar mais de US$ 280 mil com turistas nacionais e estrangeiros.
De acordo com o diretor do Grupo Vida Sol e Mar, Enrique Litman, a portaria regulamentada pelo Ministério Público de Santa Catarina – impede a certificação de empresas aptas a operar o turismo de observação de baleias embarcado alegando maus tratos aos animais.
“Todos os barcos têm certificação, mas estão impedidos de trabalhar devido a decisão da Justiça”, disse. Segundo Litman, em dois anos mais de 14 mil turistas foram impedidos de observar as baleias-francas e o Estado deixou de arrecadar cerca de US$180, em média, por visitantes.
“De 2011 para 2012 o crescimento na prática desse turismo chegou a 40% em número de visitantes. Hoje, competimos com 120 localidades no mundo que recebem 12 milhões de turistas por ano”, afirmou.
Litman afirmou ainda que – somente na Península de Valdés (Argentina) – a arrecadação com o turismo de observação de baleias-francas chega a US$ 50 milhões por ano. “Estamos perdendo nosso turista para destinos como este”, comentou.
O executivo ressaltou que o estado da Bahia está com a certificação autorizada pelo Ibama e Instituto Chico Mendes – órgão que expede as licenças. “A única diferença entre a observação na Bahia e em Santa Catarina, além da espécie das baleias, é que no nordeste a espécie Jubarte só é observada se perseguida”, finalizou.
Luciano Palumbo