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​Mesmo em obras, governo garante aeroportos para a Copa

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De um lado, os passageiros que utilizarão os mais de 16 mil voos extras disponíveis para o mercado doméstico entre as 12 cidades-sede que receberão os jogos da Copa. Do outro, as companhias aéreas que atendem ao mercado doméstico e somam mais de 67 mil voos entre as cidades que captarão jogos das seleções. Mas a grande questão está mesmo entre estes dois eixos. Neste meio, truncado e ainda em desenvolvimento, estão os aeroportos ou os novos terminais e postos de atendimentos nos principais pontos do país que ainda enfrentam problemas de operação, seja com passageiros, bagagens, acesso ou infraestrutura.

O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, afirmou que a demanda de passageiros na Copa do Mundo não será maior do que a registrada nos períodos de festas de fim de ano e feriados prolongados no Brasil. Segundo o ministro, o Brasil vem crescendo 10% ao ano em número de passageiros. Apenas em um dos dias que antecederam as festas de fim de ano em 2013, chegaram a passar 400 mil passageiros pelos aeroportos do país. A queda no número de voos corporativos durante a competição compensará o volume de torcedores que viajarão para os jogos. Será?

Concessões – Com objetivo de ampliar e aperfeiçoar a estrutura aeroportuária do Brasil, impulsionado pelos grandes eventos que o país receberá até 2016,o Governo Federal, por meio da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), iniciou em 2012 um plano de concessão de aeroportos. O leilão dos três primeiros – Aeroporto Governador André Franco Montoro, em Guarulhos (SP); Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP); Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília – ocorreu de forma simultânea na Bolsa de Valores de São Paulo.

Além destes, o aeroporto Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, uma das principais portas de entrada do país e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins), na região metropolitana de Belo Horizonte, passaram pelo processo de licitação.

Responsável por obras em oito aeroportos, dos quais nenhum ficará pronto até a Copa, a Infraero afirma que todos têm capacidade superior à demanda de passageiros e que priorizou intervenções em áreas de atendimento.

Obras
Nos aeroportos, a concessão à iniciativa privada dos terminais de Guarulhos, Viracopos e Brasília ajudou o governo a levar ampliações adiante. Ainda assim, Viracopos descumpriu o prazo para ficar pronto. A concessionária de Viracopos pode receber multa milionária por não ter entregue em operação um novo terminal de passageiros. A informação é do  diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys.

Segundo ele, o Consórcio Aeroportos Brasil está sujeito a multas de até R$ 170 milhões, ou R$ 1,7 milhão por dia. “Nossas equipes estão lá para ver o que exatamente aconteceu. Constatamos que o pátio e a pista estão prontos, mas o consórcio não colocou o terminal em
operação”, disse Guaranys.
 
Guarulhos entregou o novo terminal, mas não a tempo de ser usado por grande parte dos passageiros que chegarão por lá. Isso devido à falta de tempo da maior parte das companhias aéreas que ainda continuarão a usar os terminais antigos. A Tam, por exemplo, deve ter toda sua operação no Terminal 3 somente em setembro deste ano, dois meses após o término do Mundial. Em nota, a companhia informou que, com a moderna infraestrutura que será oferecida pelos novos terminais dos aeroportos concessionados, irá reforçar suas operações, aprimorando os processos de embarque, desembarque e conexão. “A empresa contribuiu para a realização de testes e para o aprimoramento de sistemas nos
novos terminais, processos que são fundamentais para o início das operações”.

O aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, está preparado para receber os brasileiros e os visitantes estrangeiros durante a Copa do Mundo. Pelo menos é isso que garante o presidente da Infraero, Gustavo do Vale. Ele destacou que a experiência da cidade em receber grandes eventos ajudará a estatal a administrar a movimentação de passageiros.

“O aeroporto do Galeão está pronto para dar um atendimento adequado aos brasileiros e aos estrangeiros durante a Copa do Mundo. Na Jornada Mundial da Juventude lotamos dois Maracanãs nos terminais do Galeão e do Santos Dumont, em apenas um dia. Tenho certeza que na Copa do Mundo não vai ser diferente”, assegurou Vale.

Os aeroportos de Brasília e Manaus estão com suas obras incompletas. Já a construção dos terminais de Belo Horizonte, Curitiba e Salvador estão com o término previsto somente para depois do Mundial. Em pior situação, Fortaleza, Cuiabá e Porto Alegre não tem data de término para apresentar as melhorias previstas em contrato com o governo federal. Já o aeroporto de Guararapes (PE) teve sua obra de ampliação abandonada.

Companhias aéreas
Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, as companhias [Avianca, Azul, Gol e Tam], têm suas operações voltadas para o atendimento dos passageiros no período da Copa. “Nosso trabalho [aéreas] está no transporte dos passageiros. Os problemas mais enfrentados serão do lado de fora da pista, como no acesso, preço do café e na limpeza dos banheiros. Estes serviços não estão no escopo das companhias”, comentou.

Em comunicado, a Gol afirmou que disponibilizará voos extras e aumentará seu contingente nos aeroportos para atender o crescimento da demanda nesse período. Segundo a companhia, no período da Copa, aviões e tripulantes reservas serão distribuídos estrategicamente nos aeroportos de maior volume de operação da companhia. “A Gol entende que as melhorias realizadas nos aeroportos são ponto positivo a longo prazo. Para que os clientes tenham a melhor experiência de voo, a companhia disponibilizou voos extras e aumentará seu contingente nos aeroportos para atender o crescimento da demanda nesse período”, disse, em nota, ressaltando a pontualidade da companhia em 2013 e o compromisso com o cumprimento da legislação vigente.

Para o vice-presidente Comercial e de Marketing da Avianca, Tarcísio Gargioni, a operação da companhia referente ao transporte de passageiros para a Copa está pronta.  “Temos equipes e aeronaves reservas, o alinhamento dos procedimentos e ainda nossa mudança de malha e os voos extras são feitos em pequenas quantidades. Isso não vai alterar nossa operação em nenhum grande centro ou aeroporto como São Paulo, Rio ou Brasília”, disse ao M&E.

Gargioni levanta a questão de que a infraestrutura dos aeroportos ainda é imprevisível e que as manifestações populares e fatores externos podem acarretar danos aos usuários e multas as companhias aéreas.

Multas e atrasos –  Marcelo Guaranys afirmou que a Anac irá reforçar o monitoramento dos serviços prestados aos passageiros durante a Copa do Mundo, mas dará ênfase na fiscalização de aeronaves e pilotos no cumprimento dos horários de decolagens e pousos (slots) nos aeroportos.

Guaranys disse que será inadmissível uma operação com atrasos, ou com pousos de uma companhia em terminais onde não há slots para alocar as aeronaves. De acordo com ele, haverá reforço de inspetores da Anac em 42 aeroportos, sendo 16 deles localizados nas cidades-sede da Copa, com até 1.000 servidores da agência envolvidos na operação.

Segundo a Abear, as companhias aéreas que
operam no mercado doméstico brasileiro vão transportar 7,2 milhões de passageiros entre as 12 cidades-sede que receberão os jogos da Copa do Mundo. As companhias Avianca, Azul, Gol e Tam, juntas, terão um incremento de 9,7% sobre os 6,64 milhões de assentos utilizados em voos regulares nesse mesmo período. De acordo com a Abear — que considera os embarques realizados em um período de 36 horas antes e após cada partida — haverá 16.116 voos extras durante a Copa, o que representa um acréscimo de 31,2% ante os 51.663 voos regulares nas doze cidades-sede nesse período.

– São Paulo é a cidade-sede que terá o maior fluxo, com 6,4 mil voos extras — 31,6% de acréscimo em relação aos voos regulares — e 234,8 mil passageiros a mais embarcando nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Viracopos durante a Copa.

– O terminal que vai ganhar a maior quantidade de voos extras por causa da Copa é o de Brasília, com o acréscimo de 2.175 embarques, ou 64% mais que os 3.392 voos regulares. Em termos de passageiros, o acréscimo na capital federal será de 85,1 mil assentos, ou 17,9% mais, somando 561 mil bilhetes vendidos para esse terminal.

– Fortaleza também vai receber um acréscimo de voos superior a 61%,  com 826 voos extras, que somarão 2.176 voos no total.
 
– No Rio de Janeiro, haverá 89,3 mil assentos extras para os terminais do Galeão e Santos Dumont, totalizando 881 mil, com 2.678 voos extras, ou 44,8% mais nesse período. Em termos de volume de operações, isso representa um crescimento de 45%, ou 2,6 mil novos voos.

– Já em Belo Horizonte, os aeroportos da Pampulha e Confins terão 873 mil lugares em 7,7 mil voos, dos quais 789 são operações específicas para os seis jogos na capital mineira.

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