“​Brasil é um país caro para o estrangeiro”

Como divulgar a Copa e atender o turista estrangeiro com a falta de infraestrutura, hotelaria de custo elevado, desconfiança e falta de informação. Esse foi o tema central da palestra “Benefícios da Copa 2014”, ministrada pela jornalista Sarah Albrecht, que apresentou um novo panorama sobre a divulgação e de como tirar maior proveito para o turismo com um evento de magnitude internacional.

Segundo Sarah, a oportunidade é única para o Brasil despontar no cenário internacional do turismo com a prestação de serviço e a introdução de produtos receptivos de qualidade. “O brasileiro tem uma capacidade incrível de bem receber. mas é preciso profissionalizar e trazer mais turistas para o Brasil”, diz. “Falta uma cadeia competitiva e com preços fixos, principalmente na hotelaria, sem contar a falta de idiomas falados no país”, completa.

A jornalista ressaltou a deficiência do Brasil em receber turistas estrangeiros. “O México recebe cerca de 22,3 milhões de turistas no ano. A Argentina que tem um terço do território brasileiro tem um número de 5,1 milhão de estrangeiros/ano. Já o Brasil 5,1”, enfatiza Sarah alertando que se a Argentina tivesse o mesmo tamanho do território brasileiro poderia receber três vezes mais turistas.

Divulgação – O Governo (Embratur) e os empresários são responsáveis em divulgar o Brasil no exterior, segunda Sarah. “Hoje em dia  Embratur já não é mais intermediário desta comunicação“, diz. “Os empresários tem que investir em tecnologia, layout e em ferramentas para que o turistas não procure outro destino”, emenda.

Outro ponto levantado pela jornalista foi a questão do atendimento prestado aos turistas estrangeiros. “O Brasil não atende mal, não precisa começar do zero. O Brasil precisa atender a expectativa do turista estrangeiro que quer a autenticidade do país. Agregar valor aos produtos do Brasil”, disse. De acordo com Sarah, o turista quer se surpreender, por isso o Brasil deve reinventar o repeptivo, os produtos e serviços oferecidos.

Luciano Palumbo e Anderson Masetto, de Ribeirão Preto