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Historicamente já houve uma série de políticas mal planejadas que agora é quase impossível revogar. O processo de visto; por exemplo; é um problema que continua a ser uma ameaça. Embora entendamos a necessidade de proteger as fronteiras por conta da segurança; os governos devem tornar o processo de obtenção de vistos tão fácil quanto possível para os potenciais visitantes. Nós acreditamos que as soluções podem ser encontradas em aplicações tecnológicas existentes.
A crise provocada com as nuvens de cinzas vulcânicas em 2010 (erupções do vulcão localizado sob a geleira Eyjafjallajoekull; na Islândia) também destacou alguns problemas que ameaçam a prosperidade da indústria. A falta de um céu único europeu significa que as rotas da aviação são ineficientes; impactando negativamente o meio ambiente e causando aumento do tempo de viagem. Isso também significa que os governos foram incapazes de reagir com rapidez suficiente; resultando em perda de negócios para muitos em nossa indústria. Fomos também atingidos por uma legislação de compensação Europeia; que impõe certos padrões de atendimento para os clientes afetados. Enfrentar essa legislação será um dos nossos desafios permanentes.
Todos nós sabemos que alguns impostos do turismo são prejudiciais para os destinos e os viajantes. O melhor exemplo – e muitos destinos estão cada vez mais indignados com ele – é; claro; o UK´s Air Passengers Duty (taxa cobrada sobre o transporte de passageiros a partir dos aeroportos do Reino Unido em aeronaves com peso autorizado de decolagem de 10 toneladas ou mais de 20 assentos). Não só o dinheiro arrecadado é unhypothecated; mas também sua aplicação desigual penaliza destinos mais próximos; muitos dos quais dependem do turismo para o desenvolvimento econômico e social. A taxa também estabelece um precedente perigoso; tendo a Alemanha já introduzido uma tributação semelhante.
M&E – Como você vê a próxima década do turismo global?
David Scowsill – A economia de viagens e turismo contribui com US$ 5; 8 trilhões para o PIB global; ou seja; 9;3% do total. A expectativa é que esse número cresça para US$ 11 trilhões (9;7%) em 2020. A indústria do turismo (direta e indiretamente) agrega mais de 235 milhões de empregos; e está previsto um aumento para pouco mais de 303 milhões até 2020. Os investimentos de viagens e turismo em 2010 é estimado em US$ 1 trilhão; devendo atingir US$ 2; 7 trilhões em 2020.
A longo prazo; vamos aproveitar estes dois bilhões de pessoas novas que entram na classe média; usufruindo de rendimentos mais elevados; encontrando-se assim com uma maior renda disponível e que querem gastá-la em mercadoria; incluindo a viagem. Eles terão que aumentar a confiança e as aspirações para os destinos que pretendem visitar e; enquanto a maioria continuará a escolher rotas doméstica ou intra-regionais; inicialmente; mais destinos de longo curso também serão beneficiados.
A sustentabilidade continuará a ser importante. A tecnologia também terá um papel fundamental neste processo de mudança; tanto para os administradores públicos e o setor privado. A inovação também será crucial na definição do futuro do setor. A produtividade continuará a aumentar no mundo; graças à inovação.
M&E – Então a Ásia terá um crescimento mais elevado do que outras regiões do globo?
Está prevista para este ano uma modesta recuperação para o Japão; com crescimento real do PIB acelerando gradativamente; atingindo um pico cíclico em 2013. Enquanto isso; uma queda bruta do número de visitantes estrangeiros tem impulsionado uma contração ainda mais acentuada no setor de viagens e turismo; a recuperação esperada é lenta.
Dada a posição da Ásia na liderança do crescimento; o nosso Encontro Global de Viagens e Turismo retorna à região em 2012. Depois de uma disputa altamente competitiva entre quatro cidades; a capital japonesa de Tóquio será a sede de 2012. Seu sucesso foi devido a uma apresentação convincente e atraente do compromisso da sua indústria; combinada com o apoio governamental e entusiasmo de suas agências; a dedicação a um evento de carbono neutro; e elevados padrões de eficiência e capacidade.
M&E – A 9 ª Conferência Global do WTTC aconteceu no Bras
il; em Florianópolis. Qual é a posição do Brasil no cenário do turismo no mundo?
É estimado um investimento de viagens e turismo de R$ 45.1 bilhões (US$ 24.4 bilhões) ou 7;2% do investimento total em 2010. Em 2020; este valor deve chegar R$170.6 bilhões (US$ 63.9 bilhões) ou 9;9% do investimento total.
M&E – O Brasil sediará em poucos anos; a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. Na sua opinião; como o país pode fazer o melhor uso destes dois eventos?
No entanto; o impacto não é uniformemente positivo. Por exemplo; a multidão que os megaeventos concentra pode acabar afastando viajantes de negócios regulares em uma determinada região. Neste sentido; os viajantes de negócios regulares podem evitar cidades-sede durante a duração do evento.
Assim; o governo deve trabalhar em estreita colaboração com as partes interessadas e todos os envolvidos. Por exemplo; o governo pode criar pacotes para atrair mais turistas no período pré e pós eventos. Além disso; os destinos vizinhos devem colaborar estreitamente com o país sede dos eventos desportivos para alavancar oportunidades.
M&E – Qual será o foco do 11º Global Travel & Tourism Summit; em Las Vegas; entre 17-19 de maio de 2011? O que deve orientar a discussão?
O Encontro Global de Viagens e Turismo (Global Travel & Tourism Summit) que acontece em Las Vegas irá abranger as discussões sobre governos; investimento; infraestrutura; mídia digital; viagens de negócios; tecnologia; demografia e inovação. Vamos perguntar se a indústria está pronta para o crescimento explosivo que está chegando. Questionaremos quando a indústria de Viagens e Turismo; uma das maiores do mundo em serviços; será reconhecida por muitos governos em todo o mundo.
O evento é uma plataforma única para aqueles que realmente desejam resolver os problemas e maximizar as oportunidades de crescimento. As discussões vão ajudar a destravar o potencial para a criação de emprego; prosperidade e compreensão internacional.