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Entrevistas

Copa e Olimpíadas são motivos de preocupação para o MTur

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Com pouco mais de um mês à frente do cargo; o ministro do Turismo; Pedro Novais destaca nesta entrevista ao MERCADO & EVENTOS a importância desta atividade e as ações que pretende implementar à frente do MTur. Segundo ele; é importante dar continuidade aos programas de capacitação e qualificação da  mão de obra como forma de melhorar o turismo receptivo. Em relação às restrições orçamentárias em função dos cortes determinados pelo Governo; Novais já estimulou uma redução de 20% nos gastos com viagens e hospedagens dos funcionários. Veja entrevista.

M&E – Neste início de mandato quais as prioridades do MTur?
Pedro Novais
– Neste momento estamos dando uma ênfase maior às ações de fortalecimento da Região Serrana do Rio afetada pelas chuvas de verão. Mas num ângulo maior de ação estamos dando continuidade a importantes programas na área de qualificação e capacitação da mão de obra do setor como forma de melhorar o padrão de atendimento. A promoção turística é outra preocupação e o papel da Embratur é de fundamental importância para divulgar o país. Vamos buscar mais recursos para o Programa de Desenvolvimento do Turismo; o Prodetur; de modo a beneficiar os municípios turísticos principalmente no que se refere à infraestrutura. Também em parceria com o Instituto Marca Brasil estamos desenvolvendo o programa Rio Competitivo destinado a formação de gestores na área turística. Recentemente participamos do lançamento do Inventário Turístico em Petrópolis e acho que este modelo serve para outras cidades  de modo a municiar o público e gestores com informações para o melhor planejamento turístico e na formulação de políticas públicas. Outra iniciativa é a regulamentação do novo sistema de hospedagem previsto para este mês e que trará inúmeros benefícios para o turista e o empresário que terá seu empreendimento valorizado; facilitando também o acesso a investimentos.

M&E – De que forma o setor privado pode dar sua contribuição para o fortalecimento dessa indústria?
Pedro Novais
– O primeiro passo é se preparar para receber os milhares de turistas que virão para a Copa e as Olimpíadas. Temos obrigação de nos preparar bem. Outra questão é que o setor venha a se planejar de forma adequada e também realizar o seu cadastramento junto ao Ministério do Turismo. Embora o Cadastur não seja obrigatório; o empreendimento cadastrado tem uma série de facilidades; incluindo o financiamento e a inclusão em programas como o da classificação hoteleira; permitindo aos empreendimentos dos meios de hospedagem obterem o número de estrelas a que se enquadram.

M&E – Até que ponto os cortes no orçamento podem prejudicar os programas em andamento?
Pedro Novais
– Não estou preocupado com a redução no orçamento do Turismo até porque sei que a presidente Dilma Rousseff vai entender a importância desse nosso setor para a atividade econômica do país. Estamos seguindo sua orientação e se houver necessidade de cortes para conter a inflação nós seguiremos essa determinação também. Tanto que já decidimos realizar uma redução de 20% nos gastos em viagens e despesas do Ministério. Como ainda não tenho os números finais desta redução de gastos é ainda cedo para uma avaliação do impacto nos programas. Mas quero deixar claro que os municípios de Petrópolis; Teresópolis e Nova Friburgo terão prioridade no empenho das emendas parlamentares relacionadas à nossa pasta para investimentos em infraestrutura e numa campanha de promoção. Vamos participar também do Salão do Turismo do Rio de Janeiro.

M&E – Como o senhor vê a importância desta atividade para um país que deve receber nos próximos cinco anos dois mega eventos?
Pedro Novais
– Lembro que o turismo representa a segunda ou a terceira indústria que mais cresce no mundo e no Brasil ela deveria ocupar a liderança ou a vice liderança entre os setores de maior importância. Estamos empreendendo esforços para que o turismo venha a ser uma das principais alavancas de desenvolvimento do nosso país e de recuperação da mão de obra; pois um país como o nosso para crescer e se desenvolver precisa do turismo. A Copa e as Olimpíadas são as causas de eu muitas vezes não dormir durante algumas noites porque são uma preocupação constante do MTur. É o caso; por exemplo; dos principais aeroportos que ainda geram reclamações Tenho certeza de que a Infraero vai solucionar este problema com os investimentos que estão programados. A Copa será uma oportunidade única e estamos nos preparando. Lembro que hoje nossa infraestrutura hoteleira avançou muito em relação a década passada; mas ainda podemos avançar principalmente nas 12 cidades sede. Estamos empenhados nos programas de qualificação e nossa meta é capacitar mais de 300 mil pessoas do setor.

M&E – Cerca de 30 milhões de consumidores passaram à classe média. Como fazer para que haja produtos e serviços que atendam a essa demanda?
Pedro Novais
– De fato o turismo do nosso país ainda é caro; principalmente para este novo consumidor e o mercado deve se adequar ao oferecer produtos para esta nova demanda. Vejo que dia a dia cada vez mais pessoas estão viajando pela primeira vez. Tenho certeza que a iniciativa privada irá criar produtos que possam ser consumidos por esse imenso contingente de consumidores ávidos em viajar e conhecer o seu país. Nosso esforço é que dentro do Programa de Regionalização do Turismo haja em cada município brasileiro um órgão cuidando deste assunto. As maiores cidades já contam com suas secretarias e agora os municípios menores estão seguindo os mesmos passos.

M&E – Como analisa o fato de o Brasil receber pouco mais de cinco milhões de turistas estrangeiros? Como mudar esse quadro?
Pedro Novais
– Nós estamos num processo de recuperação crescente destes números e em três anos devemos registrar um incremento de 30% na quantidade de turistas de outros países que nos visitam. Estamos no caminho certo; com novos voos internacionais e campanhas de promoção no exterior através da Embratur para mostrar as belezas do nosso país. Percebemos um crescente interesse do nosso país pelos mercados emissores. Em Londres o Brasil foi lembrado na WTM como um país de referência. Esse interesse maior deve levar a novos investimentos externos e do mercado doméstico. Isso leva a geração de empregos principalmente para os jovens que estão entrando no mercado. Sabemos que podemos fazer mais; no entanto; estamos empenhados em criar condições para receber melhor os turistas estrangeiros que aqui chegam melhorando os serviços como portos e aeroportos. Temos como meta trabalhar para melhorar o fluxo de visitantes estrangeiros; principalmente em 2014.

M&E – Qual vai ser o perfil da sua gestão e como viu sua indicação apesar do senhor não ter tido em sua trajetória uma experiência direta com este setor?
Pedro Novais
– Primeiro quero dizer que fiquei muito feliz com a minha indicação porque ela foi feita pelo meu partido. Eu não reivindiquei nada. Apenas fui indicado e me sinto muito honrado. Quanto à minha gestão ela será baseada num programa de descentralização. Conto com a parceria do Conselho Nacional do Turismo e do Fornatur; pela importância que estas entidades representam no desenvolvimento do turismo brasileiro. Estamos iniciando este ano com boas notícias e os números mostram o crescimento dos diversos setores. Isso nos deixa otimista quanto ao futuro. Estamos muito empenhados em fazer com que o Brasil se firme como destino preferencial no cenário internacional.

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