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Depois de consolidar o processo de compra de 63;6% do grupo CVC; o fundo norte-americano Carlyle Group já traça as novas estratégias para; não apenas dobrar o volume de operações da nova CVC em um período de quatro anos; como também dar um passo definitivo rumo ao processo de internacionalização do grupo. Nesta entrevista exclusiva; o vice-presidente do Carlyle Group para América do Sul; Daniel Sterenberg; fala dos planos de expansão da operadora pela América Latina com a criação; num prazo máximo de dois anos; de operadoras com a marca CVC na Argentina e Chile; entre outros assuntos.
MERCADO & EVENTOS – O que levou o Carlyle Group a investir na área de turismo no Brasil escolhendo a CVC como porta de entrada para este mercado?
Daniel Sterenberg – O mercado do turismo no Brasil tem apresentado algumas particularidades interessantes; entre elas o crescimento da demanda; aquecida pelo maior acesso da população da classe C ao turismo; gerando assim novas oportunidades para investimentos neste setor. E a CVC foi escolhida não apenas por ser a maior operadora de turismo do Brasil; como também por já ter um processo consolidado de distribuição e comercialização; com uma gama de expertise na área. Nós sabemos que a CVC tinha capital suficiente para realizar suas operações e a nossa ideia foi investir neste grupo mantendo o bom relacionamento com os agentes de viagens e o mercado; mas permitindo a implantação de inovações tecnológicas; programas de gestão para diversificação de produtos e explorando novos nichos de mercado a médio e longo prazos. Lembro que o mercado brasileiro ainda tem muito a crescer e o PIB do turismo ainda é extremamente baixo em comparação a outros países. Lembro ainda que no Brasil o chamado turismo não organizado; que leva as pessoas a programarem viagens por conta própria sem a intervenção das operadoras e agências de viagens ainda predomina; ao contrário do que acontece em outros países. Nós queremos justamente atrair este público. Tudo isso nos leva a acreditar que há ainda inúmeras oportunidades a serem exploradas nos diversos segmentos do turismo brasileiro.
M&E – Este processo passa também pelo programa de internacionalização da CVC? Quais os planos do Carlyle Group diante dos eventos captados pelo país como a Copa e as Olimpíadas?
Daniel Sterenberg – Pelo sistema atual de comercialização da CVC o trabalho com o mercado internacional tem se limitado aos brasileiros que viajam ao exterior em busca de destinos e que tem grande apelo para o nosso mercado. Eu lembro que na CVC o mercado doméstico ainda é responsável pela grande fatia dos pacotes comercializados; com mais de 60%. Isso reflete uma política de gestão de sucesso que levou o grupo a transportar no ano passado perto de dois milhões de passageiros. Dentro da experiência do Carlyle Group junto ao mercado internacional; nós acreditamos que podemos expandir este leque de atuação começando pela América Latina. As realizações de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 vão gerar uma grande exposição do Brasil no mercado internacional atraindo um maior número de turistas estrangeiros. Temos planos de expandir as operações em alguns países; em especial na Argentina; Chile e em outros na América do Sul. Mas lembro que cada país tem a sua legislação própria e para operarmos nestes mercados o processo natural é de se criar operadoras locais. Então; a médio prazo; é natural que possamos planejar a criação de uma CVC Argentina; de uma CVC Chile ou outras operadoras em países que tenham interesse e demanda para o mercado brasileiro; começando pela América do Sul.
M&E – Guilherme Paulus continua à frente do Conselho de Administração mas o Carlyle Group tem representantes. Como se dará este processo a partir de agora?
Daniel Sterenberg – Este procedimento adm

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