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Quase dois meses após a transformação da OceanAir para Avianca Brasil; a companhia aérea já contabiliza resultados positivos. As vendas e a ocupação dos voos estão em crescimento acelerado e asseguram à empresa que a meta de aumentar em 30% sua participação no mercado da aviação comercial brasileira não será uma tarefa difícil. Nessa entrevista exclusiva; o diretor Executivo da Avianca Brasil; Renato Pascowitch; conta ao MERCADO & EVENTOS os planos de expansão da malha aérea no país com a vinda da frota de Airbus 319 e o projeto de oferecer serviços mais personalizados para a nova classe média brasileira como créditos para compra de bilhetes. Pascowitch também confirma o início de operações para o mercado internacional a partir de 2011.
MERCADO & EVENTOS – O que significa para as operações da companhia a mudança do nome OceanAir para Avianca? Como essa troca influencia a atuação no mercado da aviação nacional?
Renato Pascowitch – O processo de unificação das marcas vinha sendo projetado há muito tempo. No entanto; queríamos que essa mudança estivesse atrelada a um grande fato como a chegada de nossa primeira aeronave modelo Airbus e que a empresa tivesse uma atuação mais madura no mercado. Ao longo de 2009 recebemos importantes chancelas do setor de aviação. A Avianca foi eleita a melhor companhia aérea do Brasil pelo Espaço do Passageiro da Anac e também foi considerada pela Revista Exame como a melhor empresa aérea em atendimento ao consumidor. Esses foram importantes indicativos para resolvermos efetuar essa transição em 2010. Havia chegado o momento de agregarmos uma marca internacional à companhia e iniciar a preparação dos passos futuros da Avianca Brasil. Praticamente todos os departamentos da empresa estiveram envolvidos neste processo. Novos funcionários foram contratados; tanto para a área de serviços como pilotos e comissários de bordo; profissionais técnicos e de manutenção. Sempre que cresce a frota; também se aumenta o número de colaboradores. O importante é destacar que a Avianca manteve seu perfil de produto. Afinal; o modelo de negócios caracterizado por maior espaço entre as poltronas; conforto e bom serviço de bordo sempre foi bem aceito por nosso passageiro. Com o A319 promovemos mais um diferencial; que é oferecer programa de entretenimento de bordo de última geração. Todos os 132 assentos contam com espaço de 32 polegadas entre as poltronas; tela de LCD com conexão USB; porta copo independente da mesa de refeições; controle remoto; apoio de cabeça ajustável; botão para reclinar a poltrona; tomada (corrente elétrica); apoio para os pés e cabide para agasalho. Além disso; fizemos uma grande ação na mídia e posicionamos a aeronave para a ponte aérea. Esse novo cenário trouxe resultados bastante positivos e números interessantes de vendas. Em um intervalo de três meses – entre março e maio deste ano – registramos crescimento de 20% nas vendas e aumento de 10% nas taxas de ocupação dos voos. Fechamos maio com média de 80% de ocupação. No mesmo período do ano passado; esse índice estava um pouco abaixo dos 70%. Se comparamos ainda maio deste ano com o mês de maio de 2009 o incremento na comercialização dos bilhetes aéreos chega a 29%.
M&E – Esse novo modelo de aeronave em operação e o sistema de entretenimento mais moderno refletem; necessariamente em aumento da tarifa da Avianca?
Renato Pascowitch – Na verdade; trabalhamos com o mesmo tarifário de bilhetes desde o ano passado. A diferença é que este ano o país passa por um momento de grande crescimento. Isso também se reflete na aviação com a forte demanda de passageiros e com uma maior estabilidade dos preços. Na Avianca manteremos a política dos bons preços para bons produtos. Continuam a ocorrer promoções relâmpagos. No entanto; o montante é bem pequeno. No ano passado; quando a oferta era maior que a demanda; era comum as empresas praticarem a chamada guerra de tarifas. Isso ficou b