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Entrevistas

​MTur prioriza aproximação com setor privado e países do Mercosul

Henrique Alves

Henrique Alves


Desde que assumiu a pasta do Ministério do Turismo, Henrique Eduardo Alves assumiu também o compromisso de desenvolver mais ações com a iniciativa privada para uma maior aproximação entre governo e empresários do setor turístico. Além disso, outra meta do ministro é, junto com a Embratur, desenvolver um novo modelo de gestão, mais integrada entre os órgãos; e ainda uma maior relação com países vizinhos para uma promoção conjunta. Em uma entrevista exclusiva para o M&E, o ministro fala das ações já em andamento e dos planos para o futuro do Turismo no país.

MERCADO & EVENTOS – O Mtur está focado em desenvolver ações em parceria com a iniciativa privada. Já há conversas entre os setores para essa possível aproximação entre governo e empresários?
Henrique Alves –
Tenho intermediado o diálogo entre a iniciativa privada e o governo. Alguns representantes do trade me pediram para intermediar o diálogo com a Secretaria da Receita Federal para tratar da bitributação sobre as agências de viagens e a questão das remessas para o exterior. Sempre defendi que é papel do governo criar um ambiente favorável para os investimentos. Muitas pessoas questionam a aproximação do governo com a iniciativa privada. Desde que a relação seja republicana, transparente e ética eu defendo esta interação. Mais do que isso, eu considero a mesma fundamental. Por isso sempre me coloco a disposição para esse diálogo.

M&E – O Mtur se reuniu, em meados de junho, com outros países sul-americanos para desenvolver o turismo na região e criar um fundo de promoção turística do Mercosul. Como andam as conversas e o que se pode adiantar dessa reunião ocorrida?
Henrique Alves –
Na reunião dos ministros do Mercosul, em Foz do Iguaçu, reforçamos a importância de mantermos uma estratégia conjunta de divulgação em marcados distantes. Decidimos então dar continuidade ao trabalho integrado de promoção feito no Japão. Tratamos também do enfrentamento à exploração de crianças e adolescentes por meio do turismo e a harmonização de estudos e pesquisas no âmbito do Mercosul. Foi uma reunião muito proveitosa.

M&E – O turismo de negócios também é um foco da sua gestão. Quais são as prioridades para o incremento desse segmento no país?
Henrique Alves –
O mercado brasileiro de feiras, shows e convenções nunca esteve tão maduro e com condições tão favoráveis. É um segmento que tem capacidade de agregar valor aos destinos, permitindo o intercâmbio de experiências, a transferência de tecnologias e o aumento na curva de aprendizado dos participantes. Esta é, sem dúvida, uma prioridade estratégica do governo federal.

M&E – Neste ano, o MTur sofreu duros cortes no orçamento. Isso prejudica os projetos do órgão e a promoção do Brasil?
Henrique Alves –
Em relação ao orçamento, precisamos compreender que a atual conjuntura econômica está conturbada. O turismo é um setor que, pela sua capilaridade, tem tudo para ajudar o Brasil a enfrentar esse momento de crise. Recentemente estive com o ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, para mostrar a nossa força, mostrar o quanto impactamos em outros segmentos. Sai da reunião otimista. Acredito que o ministro entendeu o nosso pleito. No segundo semestre temos a possibilidade de receber um reforço orçamentário.

M&E – O Ministério debate, junto com a Embratur, um novo modelo de gestão para o Instituto. Transformá-la em uma agência. Inclusive, seus dirigentes estiveram reunidos no início do mês de julho. O que foi discutido nessa reunião e o que se pode esperar da nova Embratur?
Henrique Alves –
Discutimos possíveis modelos a serem adotados para o fortalecimento do Brasil como mercado turístico mundial. É de conhecimento de todo o setor o potencial que temos para explorar no turismo e a promoção é um aspecto fundamental. A Embratur precisa ser fortalecida do ponto de vista orçamentário. Precisa se modernizar para ter agilidade e condições para firmar parcerias público-privadas com foco em promoção. Quando o presidente Vinicius Lummertz tomou posse, dei a ele a missão de elaborar alternativas para atingirmos essa meta. Essa era uma reunião de entrega das possibilidades, que agora serão avaliadas pelas áreas técnicas.

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