
Alberto Feitosa, novo presidente da CTI Nordeste
Em sua primeira entrevista após ser eleito presidente da Fundação de Comissão do Turismo Integrado do Nordeste (CTI-NE), o secretário de Turismo de Pernambuco, Alberto Feitosa, fala dos planos da entidade e do futuro da BNTM, que ocorre no próximo ano em PE.
De acordo com ele, a CTI-NE vai definir ações com o objetivo de divulgar ainda mais a região Nordeste. Uma das primeiras pautas será uma reunião com o Governo Federal, através do Ministério do Turismo, para definir medidas para uma melhor divulgação dos destinos.“Vamos tentar viabilizar a regionalização da região. É fundamental que todos os estados estejam interligados”, disse, complementando que a Feira da CTI Nordeste é sim agenda do MTur e Embratur. “Vamos tentar sensibilizá-los neste foco”, afirmou.
M&E – O senhor vai negociar com os estados uma integração maior nas políticas em prol da região?
Alberto Feitosa – Essa negociação entre os secretários de Turismo já ficou acertada. Agora, o que vamos fazer com alguns membros da CTI Nordeste é nos reunir com o ministro Gastão Vieira e o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, para fazer uma agenda única. E quando falo nisso, falo de um pleito principal, que é divulgar a região, além de outras duas ou três pautas que ajudem no tema principal.
M&E – Quais ações serão tomadas para melhorar a malha aérea do Nordeste?
Alberto Feitosa – Essa questão é essencial para o crescimento do Turismo nordestino. Vamos tentar viabilizar a regionalização da região. É fundamental que todos os estados estejam interligados. O modal aéreo é um dos fatores que definem o interesse do turista conhecer um destino. Atualmente, esse é um fator difícil nesta área do país.
M&E – Como anda a parceria com Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene)?
Alberto Feitosa – Essa parceria está caminhando, e não apenas em ter um lugar para fazermos uma reunião, mas o órgão está intermediando alguns pleitos da região junto ao Governo Federal. Entre os quais financiamentos, redução dos impostos do querosene aéreo, entre outros.
M&E – Algum segmento do Turismo terá prioridade na sua gestão à frente da CTI Nordeste?
Alberto Feitosa – Dentro da importância de cada um vou tentar trabalhar com todos. Vamos fazer um plano de marketing de diversas rotas da região para divulgarmos para quem vem nos conhecer na Copa do Mundo.
M&E – O senhor já vislumbra alguma mudança para a próxima edição da BNTM? O modelo da rodada de negócios será mantido?
Alberto Feitosa – Vamos realizar uma reunião com todos os secretários para levantar o custo da BNTM. Além de nos reunir com operadores, companhias aéreas, em suma, com o trade, para deixarmos o evento mais eficaz. O modelo de feira também será avaliado, para vermos se o mercado aprova. A próxima edição será realizada separada de outras feiras.
M&E – Ela vai ocorrer em Recife ou Porto de Galinhas?
Alberto Feitosa – Em breve vamos definir isso. Temos várias possibilidades, podemos fazer só em Recife ou só em Porto de Galinhas, mas também temos a possibilidade de realizar a abertura em uma cidade e o encerramento em outra, como Gravatá. O objetivo é divulgar o estado como um todo, isso impacta na agenda e custos.
M&E – Existe a possibilidade da BNTM conseguir mais parcerias com o Ministério do Turismo ou Embratur? Como é a relação com a pasta?
Alberto Feitosa – Vamos trabalhar neste sentido. A BNTM é uma feira que não só engloba dois ou três estados, mas todos do Nordeste. Nenhuma outra região faz algo parecido. Por isso, acreditamos que isso também seja uma agenda do Ministério do Turismo e da Embratur. Com isso, vamos tentar sensibilizá-los neste foco.
M&E – Muitos participantes da edição deste ano da BNTM criticaram o seu esvaziamento, como reverter a má impressão?
Alberto Feitosa – Existiram críticas, por isso quero colher a experiência do Roberto Pereira, secretário executivo da entidade, e depoimentos dos responsáveis pelo evento no Ceará, Maranhão e Bahia, para sabermos a dificuldade e o retorno que eles tiveram para encontrarmos de fato o que vai ser melhor. Acima de tudo, de um resultado melhor. Porque não adianta fazer o evento e não ter o resultado prático daquilo, não podemos ficar refém do poder público, temos que procurar o privado, que são os que vendem e que vão lá comprar. Em suma, vamos levantar as sugestões e vamos aplicar no novo modelo, logicamente colocando sempre o limitador do tempo e custo.