Eu poderia iniciar este post falando das riquezas gastronômicas, histórias e culturais das cidades que compõem a região de Auvergne, na França. Mas prefiro escrever “Com uma pequena ajuda dos meus amigos”. Estranho? Não. Na verdade, esta é uma referência à canção dos Beatles [traduzida] – “With a Little Help From My Friends” – que me impactou em uma das inúmeras visitas feitas no tour pela França.
No meio de uma cidadezinha – referência histórica da cultura medieval francesa – Montluçon – , encontro o Museu da Música Popular (MuPop) – inaugurado em 21 de junho de 2013. Aqui vai a menção aos meus amigos [amantes do rock’n roll], músicos talentosíssimos: Anderson Masetto, Mauro Ribeiro, Túlio Rosa, Alexandre Miotello, Anderson Alarça, Willian Gomes, Ricardo Sant’Anna, Caio Detilho, Victor Diaz, Marcelo Paparelli e muitos outros que entre uma palhetada e outra, amplificam o som da música mais tocada no mundo em todos os tempos.
A entrada é impactante. Televisores ligados com ídolos do blues, rock, pop e da música internacional de maneira geral. A tecnologia amplifica a visão e torna a visita interativa. Você vê e ouve tudo o que quiser, do início ao fim, o melhor da música popular mundial. Claro que há um destaque para a França, mas o rock’n roll tem uma atenção privilegiada por ali.
A história mostra que a música dos ídolos americanos foi transmitida pelo rádio e depois pela televisão até chegar a capital francesa, Dali, o “Golf Drouot” se tornou o templo rock’n roll e a guitarra elétrica roubou os holofotes do acordeão em toda a França. Ao som do rock, punk, pop e até da febre eletrônica que saiu das “discos” e invadiu o mundo nos 80, é possível viajar pela história e se arrepiar ao som de ícones como Bob Dylan, Jimmy Hendrix, The Who, Janis Joplin, Rolling Stones e outros tantos como Depp Purple e não se trata só de repertório, mas de uma mistura eclética de experiências musicais infinitamente variadas, explorando o som e as possibilidades vibratórias do “electroamplification”, como chamam no museu.
O destaque fica para a música dos Beatles, na voz de Joe Cocker, durante o festival de Woodstock . Ali me arrepiei! Uma música que cantada com a alma emociona a todos. Este foi o ponto forte da visita. Além disso, é possível tocar bateria, ver equipamentos e vestimentas de época, interagir com gaitas e instrumentos de sopro, acordeões, sanfonas, bandolins, violinos, entre tantos outros apetrechos musicais. Escolher um repertório nas juckebox espalhadas pelos andares e ainda viver a época de ouro do rock com inúmeros instrumentos [ guitarras elétricas] como a Gibson ES- 150 – primeira guitarra para ter um microfone parafusado no tampo ou uma de corpo sólido, a Telecaster . Vale a viagem!
Luciano Palumbo, editor do M&E.