WTTC: viagens corporativas vão atingir até ⅔ dos níveis pré-pandemia em 2022

Nas Américas, por exemplo, espera-se que os gastos das empresas aumentem 14% este ano e 35% já no ano que vem

Dados do novo relatório “Adapting to Endemic Covid-19: The Outlook for Business Travel”, do WTTC, em colaboração com a consultoria McKinsey & Company, revelam que as viagens de negócios podem aumentar em mais 25% neste ano e atingir até ⅔ dos níveis pré-pandêmicos até 2022. Nas Américas, por exemplo, espera-se que os gastos das empresas aumentem 14% este ano e 35% já no ano que vem.

Apesar de uma recuperação mais lenta, de acordo com o mesmo relatório, o ímpeto das viagens de negócios, com um aumento de 26% nos gastos globais este ano, em comparação com 2020, será seguido por um crescimento adicional de 34% em 2022. O aumento vem logo após uma queda de 61% nos gastos com viagens de negócios em 2020, em comparação com o ano anterior, justamente pelas restrições causadas pela pandemia.

Ímpeto das viagens de negócios, com um aumento de 26% nos gastos globais este ano, em comparação com 2020, será seguido por um crescimento adicional de 34% em 2022

No ano passado, o setor de viagens e turismo sofreu perdas de quase US$ 4,5 trilhões. Os gastos dos visitantes domésticos diminuíram 45%, enquanto os gastos dos turistas internacionais caíram 69,4%. Tudo isso em comparação com os níveis de 2019, quando a maioria dos principais países dependia de viagens de negócios para 20% de seu turismo.

Para acelerar a recuperação das viagens de negócios, o relatório recomenda que as empresas ajustem seus modelos de receita, ampliem o foco geográfico e aprimorem os serviços digitais. A recuperação dependerá também de uma maior colaboração entre os setores público e privado, bem como do fomento de novas sinergias.

“Com a pandemia, as viagens de negócios foram seriamente afetadas; no entanto, ser capaz de projetar uma recuperação de dois terços até o final de 2022 oferece maior otimismo a todo o setor”, disse Julia Simpson, CEO do WTTC.

As viagens corporativas antes da pandemia

A demanda por viagens de negócios tem se recuperado mais lentamente do que a de lazer; enquanto as políticas corporativas continuam a influenciar a demanda por viagens de negócios de acordo com as restrições de viagens. Além disso, a pandemia acabou sendo um catalisador para a mudança, impulsionando inovações digitais e, portanto, ajustando a oferta para viagens de negócios em potencial, conforme eventos híbridos se tornam uma opção.

Embora as viagens de negócios representassem apenas 2,4% das viagens globais em 2019, foram responsáveis ​​pelos maiores gastos em muitos destinos, sendo essenciais para a recuperação de toda a indústria do turismo. As viagens de negócios respondiam por cerca de 70% de toda a receita global de cadeias de hotéis de alto padrão, enquanto 55 a 75% dos lucros das companhias aéreas vinham de viajantes a negócios, que representavam cerca de 12% dos passageiros.