SÃO PAULO – O segundo painel da 18ª edição do Encontro do Setor de Feiras e Eventos (Esfe), evento que ocorre nesta terça-feira (18), no Centro de Eventos Rebouças, em São Paulo, enfatizou a importância da união das empresas e entidades que fazem a indústria do Turismo funcionar. Grandes nomes marcaram presença no painel, como Toni Sando, Edmar Bull, Ibrahim Georges, Orlando de Souza, Carlos Prado, Guilherme Paulus e Otávio Neto.
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“Precisamos trabalhar em conjunto. O associativismo é uma atuação séria, que luta em prol dos interesses do setor e consequentemente de cada empresário”, diz Toni Sando, presidente da Unedestinos e Visite São Paulo e responsável pela abertura e condução do painel “Turismo – Saída para o Desenvolvimento Econômico”
“Se a Embratur for boa, o Brasil ficará bem e cada empresário estará bem também. Seguiremos em frente e enxergando o Turismo como uma proposta de negócio, não do ponto de vista lúdico”
O executivo endossou ainda, a relevância das parcerias entre entidades público e privadas. “Se a Embratur for boa, o Brasil ficará bem e cada empresário estará bem também, porque conseguiremos trazer turistas estrangeiros, que gastam em dólar. O que precisamos fazer é olhar para o copo meio cheio, unindo os setores do Turismo para evoluirmos. Temos problemas? Sim, mas seguiremos em frente e enxergando o Turismo como uma proposta de negócio, não do ponto de vista lúdico”, completa.
O painel contou com a presença de Edmar Bull, CEO da Copastur; Orlando de Souza, presidente Executivo do Fohb; Carlos Prado, CEO do Grupo Tour House e cofundador do Movimento Supera Turismo Brasil; Guilherme Paulus, fundador da CVC, diretor do Castelo Saint Andrews e da GJP Special Travel; e Luciane Leite, secretária Executiva de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo.
Na ocasião, Orlando de Souza, abordou um estudo da Fundação Cabral, compartilhando a constatação de que, dos 2,9% de crescimento que o PIB nacional teve em 2022, 11% está ligado ao crescimento do setor de Turismo. Além do mais, dentre o volume total de empregos gerados no ano, 14,57% também tem vínculo com essa indústria.
”Muitas pessoas trocaram de setor, por conta da pandemia de Covid-19, e por isso é preciso treinar os remanescentes e novas pessoas”
Diante do tema proposto, a questão da mãos-de-obra qualificada voltou a ser discutida durante a programação do Esfe.“Muitas pessoas trocaram de setor, por conta da pandemia de Covid-19, e por isso é preciso treinar os remanescentes e novas pessoas. Vemos [em São Paulo] uma evasão escolar, diante da disponibilização de cursos profissionalizantes. Nosso maior desafio é justamente como motivar esses profissionais a irem e se manterem na sala de aula”, compartilha Luciane Leite.

Edmar Bull, Ibrahim Georges, Orlando de Souza, Carlos Prado, Guilherme Paulus e Otávio Neto (Eric Ribeiro/M&E)
O tema causou comoção e consenso dentre os participantes do painel, os quais acabaram concluindo que tanto a educação quanto a união das esferas são requisitos primordiais para reerguer a indústria e ocasionar crescimento.
“Eu acredito que o Turismo pode ser uma grande força econômica e temos que dar oportunidades para todos, por meio da capacitação e da abertura de vagas”
Carlos prado também abordou o tema da igualdade de gênero, não só em posições profissionais de liderança como na própria bancada de palestrantes. “Eu acredito que o Turismo pode ser uma grande força econômica e temos que dar oportunidades para todos, por meio da capacitação e da abertura de vagas. Só incluir mulheres não é o suficiente, precisamos dar espaço para as mulheres pretas também”, observa.
“Vivemos em um país com muito potencial turístico e atuarmos em conjunto é o que nos permitirá desenvolver”
O bate-papo também promoveu um resgate sobre o cenário das indústrias de Turismo e Eventos durante a pandemia de Covid -19. “Durante a pandemia de Covid-19, com as fronteiras fechadas, os hotéis boutiques puderam se fortificar no mercado e isso mostra não só o potencial turístico do país como a resiliência do setor” diz Guilherme Paulus.
Ibrahim Tahtouh, por sua vez, puxou o gancho para apontar o peso econômico do segmento Mice. “Esse é um nicho que movimenta de três a quatro vezes a mais do que o lazer. Precisamos investir em educação para melhorar a qualidade dos serviços e ver o segmento crescer”. Em complemento, Edmar Bull dispara: “Vivemos em um país com muito potencial turístico e atuarmos em conjunto é o que nos permitirá desenvolver”, finaliza.