A Organização Mundial do Turismo (OMT) divulgou um comunicado sobre o lamentável um ano de invasão da Ucrânia pela Federação Russa, considerada pela própria instituição como uma clara violação da Carta das Nações Unidas e do direito internacional. Segundo a OMT, o preço da invasão foi terrível já que milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas (atualmente cerca de 6 milhões de pessoas, 65% delas mulheres e meninas, foram deslocadas internamente).
“E o número de vítimas continua aumentando dia a dia, incluindo vítimas civis, já que prédios de apartamentos e até hospitais foram alvos deliberados. A invasão também criou uma catástrofe humanitária e de direitos humanos não vista na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. E minou a sensação de segurança e confiança de que dependemos para orientar o mundo após a pandemia”, disse Zurab Pololikashvili, secretário geral da OMT.
O executivo lembra que, desde o início, a OMT liderou a resposta do turismo à crise. “Nossos membros agiram rapidamente para suspender a Rússia de nossa organização. Ao mesmo tempo, os diferentes agentes turísticos se uniram em apoio ao povo ucraniano. Até 8 milhões de pessoas buscaram refúgio em toda a Europa, e a OMT reconhece o trabalho desses atores da indústria do turismo que forneceram transporte, acomodação e assistência prática de vários tipos. Também apreciamos os esforços dos países que acolhem esses refugiados até que possam retornar com segurança”, disse Zurab.
Por fim, o secretário geral afirmou que a OMT continuará ampliando os apelos do turismo pela paz e pedindo a cessação imediata de todas as hostilidades. “Também estaremos lá quando a guerra acabar, como certamente acontecerá. Portanto, o extraordinário poder do turismo, comprovado repetidas vezes, para restaurar a confiança, promover o diálogo e o entendimento além das fronteiras e oferecer oportunidades, será vital para ajudar o povo da Ucrânia a reconstruir o país pelo qual há tanto tempo”, finalizou.