Os gastos de turistas estrangeiros no Brasil, de janeiro a agosto de 2024, somaram mais de R$ 26 bilhões, o maior valor registrado em 29 anos para esse período. O montante é cerca de 10% superior ao acumulado nos oito primeiros meses de 2023. O Banco Central do Brasil divulgou os dados nesta quarta-feira (25), apontando que apenas em agosto deste ano, os estrangeiros gastaram mais de R$ 3 bilhões no país.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, destacou os esforços do governo para atrair mais turistas internacionais, especialmente por meio da ampliação da conectividade aérea e do aprimoramento da infraestrutura turística. Ele atribuiu o crescimento também às ações de promoção internacional, afirmando que o Brasil tem se mostrado ao mundo como um destino seguro e atraente. “Estamos promovendo o Brasil como um país que oferece belezas naturais, cultura e gastronomia em um só lugar”, afirmou Sabino.
Marcelo Freixo, presidente da Embratur, ressaltou que o turismo tem um impacto direto na economia brasileira, especialmente nas pequenas empresas. Segundo ele, 95% dos negócios no setor de turismo são de pequeno porte, o que gera emprego e renda em diversas regiões do país. “O turismo é uma das atividades econômicas que mais impacta a vida das pessoas, com efeitos diretos nas economias locais”, destacou.
O Governo Federal tem como meta posicionar o Brasil como o principal destino turístico da América do Sul até 2027. Esse objetivo está delineado no Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027, que busca atrair 8,1 milhões de turistas internacionais por ano e gerar US$ 8,1 bilhões em receitas. O plano prevê ainda a superação da marca de 10 milhões de visitantes estrangeiros nos próximos anos, em virtude do crescimento positivo observado recentemente.
Nos primeiros oito meses de 2024, o Brasil recebeu mais de 4,45 milhões de turistas internacionais, um aumento de 10,7% em relação ao mesmo período de 2023 e 1% superior ao registrado em 2019, antes da pandemia de Covid-19. Somente em agosto, 417,9 mil visitantes internacionais estiveram no Brasil, um aumento de 14,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior.