Em seu segundo e último dia, a EBS e Congresso Mice Brasil trazem cases que falam sobre o diferencial da experiência e como esse ponto ajuda a criar um evento um sucesso. A questão mostra como os acontecimentos podem se aproveitar da criatividade e do novo para melhorar a experiência do consumidor, tornando o momento inesquecível, alavancando o awarness da marca e trabalhando valores e preferências junto ao consumidor.
Luiz Buono, vice-presidente de planejamento e atendimento da Fábrica, explica como os eventos não seguem mais os modelos tradicionais. “Um evento de entretenimento é muito mais do que shows e concertos. Um evento está relacionado a criar valor. Pegue a experiência da SXSW [Festival de Música que acontece nos Estados Unidos], por exemplo. Haviam shows, sim. Porém tinham palestras falando sobre os mais diversos assuntos, outros tipos de entretenimento. Um viés colaborativo. Os clientes querem mais do que apenas ir a um show, eles querem uma experiência completa e surpreendente. Querem ser estimulados, sair do local com algo que os tenha acrescentado na vida”, enfatiza.
A diretora da marca Heineken no Brasil,Vanessa Brandão, ainda comentou como as ações possibilitam aumentar a preferência do cliente para com a marca. Ela citou mega ações, a exemplo do Rock In Rio, Champions League e outros, que ajudaram a empresa a passar da sétima posição entre as marcas de cerveja mais consumidas no Brasil para uma das prioritárias.
“O fato de termos menos dinheiro faz com que a gente pense com mais cuidado onde queremos gastar. Mas ao mesmo tempo faz com que não estejamos presos a budget determinados. Podemos ser mais criativos e investir em diferentes formas de publicidade”, explica Brandão, que aponta que os megaeventos focados na experiência do cliente são a nova forma de impulsionar marcas. Não se trata apenas de organizar um evento, e sim de agregar valor à marca.
Para Sérgio Ajzenberg, presidente da Divina Comédia, a relação da marca com o consumidor mudou completamente. “Hoje uma marca precisa trabalhar os quatro E’s: Emoções, Experiências, Engajamento e Exclusividade. Esses quatro E’s comandam a cabeça do consumidor. Se você esta vivendo um evento, onde você se emociona, este vivendo experiências únicas, com exclusividade e engajamento, você vai ter a lealdade do cliente”, enfatiza.

Sergio Ajzenberg, Presidente da Divina Comédia e diretor presidente da Brazil Music & Arts, um movimento internacional de valorização da marca
O executivo aponta ainda uma nova forma de fazer ativações publicitárias através do patrocínio. Para ele, com um único ‘botão’ (o patrocínio), é possível acionar publicidade, marketing promocional, marketing direto, marketing de experiência, eventos, marketing de relacionamento, marketing de incentivos e marketing digital de uma só vez.
“O patrocínio saiu da linha de trás e veio para frente. A empresa tinha direito de fazer algo, hoje ela gera experiência. O patrocínio fala sobre os valores da marca, o objetivo não é prender a atenção e sim dar atenção aos clientes”, explica.
Engajamento pelo bem
Carmela Borst, vice-presidente de marketing Latin America da Oracle, ainda ressalta que o “bom” é a nova moda. “Os consumidores atuais, como os millenials, por exemplo, preferem uma marca engajada em fazer o bem. Eles se identificam mais com marcas que deixam um legado para o país, para a sociedade, para o outro”, destaca.
Ela apontou exemplos de como as marcas podem melhorar a imagem com ações sociais. A exemplo da Coca-Cola que ajudou uma cidade a ter água potável engarrafando água da chuva. “É uma forma de trabalhar a imagem e fortalecer os valores da empresa, atraindo os consumidores por um viés social”, finaliza.