
Paulo Octavio Pereira de Almeida, diretor-executivo da União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios abriu o Congresso Mice com a pauta sustentável
SÃO PAULO – A abertura da edição 2023 do Congresso MICE, trouxe ao debate a busca do mercado de eventos corporativos pela neutralização de carbono. Paulo Octávio Pereira de Almeida, presidente da Ubrafe, abordou o movimento internacional Net Zero Carbon Events.
“Não chegamos lá mas temos que ir. Quais são os desafios e oportunidades para chegarmos nesta neutralização do carbono. Sabemos que isso é desafio para todo o setor, que tem um mercado com números impactantes, mas precisamos nos engajar nesta luta”, afirmou P.O de Almeida.
“Todo evento tem pegada de carbono, seja no transporte, eletricidade, transmissão. E é ampla. Daqui a 20 anos, será que os eventos presenciais não ficaram datados e deixaram de ser aceitos? Teremos que atuar para a neutralização. Temos um setor absolutamente relevante economicamente mas ao mesmo tempo não temos uma narrativa para a área ESG”, explicou o executivo.
Para P.O, a consciência existe mas não existe uma narrativa setorial – envolvendo todos os setores. E esse é o grande desafio. O objetivo é que os eventos presenciais do futuro seja vistos e percebidos como agentes ativos de sustentabilidade para a sociedade como um todo, descarbonizando os eventos presenciais. Para isso, há alguns passos a serem tomados.
Como chegar lá chegar lá:
- Comunicar o compromisso como setor econômico
- Participar ativamente do Objetivo Eventos Neturos até 2050 (50% menos até 2030)
- Medir e acompanhar o índices (KPIs)
- Elaborar um plano setorial em conjunto com a cadeia
- Envolver diretamente Venues e Recintos + Organizadores + Fornecedores
- Reportar resultados alcançados e difundir boas práticas
“Entre as iniciativas que podemos colocar em ação desde já, está: ter materiais renováveis e eliminar resíduos, bem como trabalhar a eficiência logística nos eventos, Isso é algo que está em nossas mãos. Mitigar efeitos das viagens e energias renováveis nos eventos é algo que deve ser preocupação de toda a sociedade.
Na sequência, um painel formado por Lawrence Reinisch, do grupo Águia Branca, Marcelo Chanoft, do Grupo Tess Cenografia e Regina Silva, diretora de portfólio da feira Milano Brasil, mediado por P.O, debateu o que tem sido feito – tendo cada um destes profissionais como representantes de algum elo da cadeia: logística, fornecimento e idealizador.
De acordo com Marcelo Chanoft, a sustentabilidade e eficiência anda lado-a-lado. “Sustentabilidade não é gerador de custo – mas um indutor de eficiência. Esta preocupação nos ajuda a ser ainda mais eficiente e ter uma gestão de renda melhor”, explicou.