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Turismo em Dados

Faturamento do turismo nacional atinge R$17,5 bilhões em julho, maior valor desde 2019

O aumento de 3,8% em relação ao mesmo período de 2023 reflete o impacto das férias escolares e a inflação (Pixabay/Skitterphoto)

O faturamento do turismo no Brasil alcançou R$17,5 bilhões em julho, o maior patamar registrado para o mês desde 2019, de acordo com dados da FecomercioSP. O aumento de 3,8% em relação ao mesmo período de 2023 reflete o impacto das férias escolares e a inflação.

O setor de transporte aéreo foi um dos principais responsáveis pelo resultado, com as passagens subindo quase 20% no mês. No acumulado do ano, o turismo já movimentou R$113,2 bilhões, registrando crescimento de 2,2%.

O segmento de transporte aéreo, que apresentou o maior peso no levantamento, registrou R$4,62 bilhões em faturamento, com uma alta de 6,4%. Segundo Guilherme Dietze, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, “a pressão inflacionária tem afetado a demanda, mas o setor tem conseguido manter bons resultados”.

O aumento de 19,39% no preço das passagens, segundo o IPCA do IBGE, ajudou a elevar o faturamento, apesar de o número de passageiros ter subido apenas 1%, totalizando 8,53 milhões de viajantes. Dietze também destacou que “a tarifa média real subiu de R$603 para R$633 em um ano, um aumento de 5%, refletindo os custos mais altos”.

Faturamento do Turismo Nacional por serviço prestado (Divulgação/FecomercioSP)

Faturamento do Turismo Nacional por serviço prestado (Divulgação/FecomercioSP)

Outro destaque foi o setor de locação de veículos, que registrou o maior crescimento entre os serviços prestados, com faturamento de R$2,35 bilhões e alta de 9,8%. O resultado foi impulsionado pela alta de 17,7% nos preços, combinada com a forte demanda durante o período de férias escolares. As atividades culturais, recreativas e esportivas também tiveram desempenho positivo, com alta de 5,7%, totalizando R$1,3 bilhão.

Os setores de hospedagem e alimentação registraram crescimentos mais moderados, de 2,2% e 2,9%, respectivamente. “A recuperação do setor continua, com os resultados de julho refletindo a consolidação do crescimento iniciado no ano passado”, acrescentou Dietze.

No entanto, nem todos os setores tiveram bom desempenho: o transporte rodoviário de passageiros e as agências de viagens enfrentaram quedas de 1,7% e 0,7%, respectivamente. O aumento dos custos operacionais tem sido um desafio para essas áreas, o que pode comprometer a rentabilidade das empresas. Diversas companhias relataram prejuízos no segundo trimestre, indicando um cenário de recuperação ainda desigual no setor.

O desempenho regional também variou. O turismo nos estados, excluindo o transporte aéreo, totalizou R$12,9 bilhões, um crescimento de 2,9%. Sergipe e o Distrito Federal lideraram os aumentos, com variações de 13,8% e 11,6%. São Paulo, que responde por 35% do faturamento nacional, registrou alta de 5,1%, impulsionada pelo transporte terrestre de passageiros. Por outro lado, o Rio Grande do Sul teve queda de 5,5% no faturamento do setor.

Apesar dos desafios, Dietze ressaltou que “as previsões para o turismo são otimistas, com o mercado corporativo esperado para ganhar força a partir de agosto, seguindo o ritmo do PIB, além dos contínuos investimentos em infraestrutura, como a expansão da malha aérea e renovação de frotas de veículos”.

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