
Com o tema “Turismo e Eventos – a saída para o desenvolvimento econômico”, painel abordou os principais desafios do setor para alavancar os segmentos (Eric Ribeiro/M&E)
SÃO PAULO – A união da iniciativa pública e privada para o fomento do setor turístico no país foi pauta no painel que teve como tema “Turismo e Eventos: Saída Para o Desenvolvimento Econômico”, durante o Esfe 2022, que acontece nesta terça-feira (12), no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.
Composto por Willy Herrmann, do Image Group; Alexandre Sampaio, da FBHA; Edmar Bull, presidente do Conselho da Copastur; Toni Sando, presidente executivo do Visite São Paulo e SP CVB e da Unedestinos; Vinicius Lummertz, Secretário de Turismo do Estado de São Paulo; Fabio Zelenski, Diretor de marketing Visite São Paulo e SPCVB; e Octávio Neto, fundador do ESFE, o painel debateu temas como os desperdícios de oportunidades do Brasil no segmento, a falta de mão de obra qualificada e a necessidade de ações conjuntas para promover o setor de turismo e eventos no País.
“O Brasil tem um potencial turístico enorme e podemos potencializar isso ainda mais com a divulgação de cada estado. Uma pesquisa da CNC, que saiu semana passada revelou que os 20 maiores municípios que cresceram em número de empregabilidade eram municípios que tinham extrativismo e turismo como base. O Turismo emprega e se reinventa sempre. E o empresário de turismo está sempre participando deste debate e trazendo questões muito práticas à mesa. Cabe aos políticos do nosso País entender que é possível superar estes gargalos, e materializar isto em ações, para que o empresário possa empreender, melhorando este País e fomentando o setor”, afirmou Alexandre Sampaio, presidente da FBHA.
“O Brasil tem um potencial turístico enorme e podemos potencializar isso ainda mais com a divulgação de cada estado”.
Fabio Zelenski, Diretor de marketing Visite São Paulo e SPCVB, reforçou o discurso de Sampaio e completou dizendo que a união de forças é o caminho para desenvolver o setor. “A iniciativa pública e privada devem andar lado a lado e devemos unir forças. O nosso setor de turismo, eventos e viagens tem muito potencial. Mas o turismo é promoção. O destino pode ter toda a estrutura mas se não se mostra conhecido, não há como fomentar o turismo. E para que isso seja realizado, as associações devem estar alinhadas com o poder público”, disse Fabio.
Já para Vinicius Lummertz, Secretário de Turismo do Estado de São Paulo, o grande problema e desafio do Brasil hoje é a capacidade do Brasil de perder grandes oportunidades. “O Brasil tem excessivas oportunidades e o pior que pode acontecer com uma boa ideia é ela ser mal executada. Isso não aconteceu aqui em São Paulo mas vemos muito isso acontecendo ao redor do País”, afirmou o secretário.
“O Brasil tem excessivas oportunidades e o pior que pode acontecer com uma boa ideia é ela ser mal executada”
“Tem algo marcante aqui: a falta de um sentimento moral ao desenvolvimento. O Brasil é um dos maiores potenciais de turismo mas o conceito moral do desenvolvimento não está enraizado no nosso costume. Se não tivermos o entendimento de onde nos estamos e qual a importância do turismo, perderemos o senso da nossa importância. Nosso principal papel hoje como setor é angariar importância politica, esta é a questão central e nós somos parte da solução”, finalizou Lummertz.

Toni Sando, Presidente Executivo Visite São Paulo e SPCVB; Presidente Unedestinos (Eric Ribeiro/M&E)
Toni Sando, presidente executivo do Visite São Paulo e SP CVB e da Unedestinos, falou sobre a necessidade de pensar em soluções a partir de tentativa e erros, sem ficar preso apenas em projeções e tendências. “Precisamos concentrar nossas energias no fomento do turismo doméstico, na promoção do Brasil como um destino seguro para o mercado internacional e na prospecção de eventos no mercado nacional e sul-americano. Esse é nosso objetivo”, afirmou o presidente.
“Precisamos concentrar nossas energias no fomento do turismo doméstico, na promoção do Brasil como um destino seguro”
Edmar Bull, Presidente do Conselho Copastur, acredita que o Turismo faz ‘muito, com pouco’, mas um dos grandes desafios do setor é a falta de mão de obra qualificada, principalmente após a pandemia.
“Falta mão de obra no nosso segmento, principalmente após a pandemia, porque muitas pessoas foram buscar alternativas em outras áreas”
“Os nossos segmentos de turismo e eventos estão ligados a mais de 60 segmentos de indústria, somos importantes e realmente fazemos acontecer. Mas falta mão de obra no nosso segmento, principalmente após a pandemia, porque muitas pessoas foram buscar alternativas em outras áreas e agora precisamos trazer de volta mão de obra qualificada para as agencias. Temos que nos movimentar para revelar novos talentos, ir buscar dentro das unidades e dar novas oportunidades para que pessoas capacitadas trabalhem no nosso segmento, Assim conseguiremos crescer”, finalizou.