
Destinos como Himeji e Osaka planejam aumentar suas taxas para combater o turismo em massa (Unsplash/Parya Tavakoli)
As autoridades de turismo do Japão informaram que o país registrou o maior número de turistas mensais da história em junho, com 3,14 milhões. Um aumento de 130 mil pessoas registrado no mês de março, último recorde. O alto índice de visitação é consequência da baixa valorização do iene, fazendo com que muitos turistas optem pelo Japão como destino. Um cenário que se torna desafiador para as autoridades.
A alternativa para barrar o excesso de visitas é implementar um sistema de preços duplos para visitantes estrangeiros e locais. Segundo o jornal britânico The Guardian, empresas e atrações turísticas japonesas podem aumentar o valor de seus produtos.
A Organização de Turismo de Hokkaido quer realizar um teste para um sistema de preços de dois níveis já no outono, que começa em meados de novembro ao início de dezembro. Medida que vai de encontro com a opinião de alguns empreendimentos e dos próprios japoneses.
Ainda de acordo com as informações do jornal, uma operadora de hotéis de Hokkaido disse que o sistema de preços de dois níveis é necessário para garantir que os japoneses não deixem resorts internacionalmente populares.
Aumento de taxas nos destinos pode ser estratégia
Ao mesmo tempo, Hideyasu Kiyomoto, que é o prefeito de Himeji, no oeste do Japão, fala em quadruplicar as taxas de entrada para turistas estrangeiros no Castelo de Himeji, uma fortaleza samurai registrada pela Unesco com 82 edifícios de madeira. Cerca de 1,48 milhão de pessoas passaram pelo local em 2023, sendo que 452.300 desses visitantes não eram do Japão.
Atualmente, o valor cobrado por visitante adulto é de cerca de mil ienes, pouco mais de R$35. Seguindo os planos do prefeito, a cobrança seria de cerca de R$ 165 para turistas de outros países e de R$ 27,50 para residentes.
Além de Himeji, outras cidades lançaram propostas semelhantes para combater o overtourism, como Osaka.