Considerado o maior do mundo, o programa de concessões do Brasil será alvo das atenções de investidores globais com pelo menos US$ 2 trilhões em ativos, com atuação em mais de 50 países, durante esta semana. A delegação brasileira liderada pelo ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio apresentará o portfólio que, somente para 2022, tem previsão de conceder 44 ativos e garantir R$ 110 bilhões em investimentos privados.
Adelegação brasileira vai se reunir com cerca de 30 grupos diferentes. Entre os interlocutores estão os fundos de investimentos Macquire (AUS), Artisan Partner (FRA), Mubadala (Emirados Árabes Unidos), a gestora de ativos Jennison Associates (EUA) e a gestora Pátria, que atua na América Latina. Instituições bancárias de atuação mundial e corretoras de valores como UBS, Itaú BBA, Bank of America, XP Investimentos também integram a extensa lista de investidores.
Concessões interessantes para os investidores
Sampaio se reunirá com o fundo soberano de Cingapura GIC, com a gestora de fundos nova-iorquina Global Infrastructure Partners (GIP), grandes investidores de mercado, e com a gestora de ativos BTG Pactual. De acordo com a equipe, há um aceno dos investidores no leilão das rodovias do Paraná, com mais de R$ 44 bilhões em investimentos previstos.
A desestatização do Porto de Santos também está entre os maiores destaques da carteira de projetos. Com previsão de investimentos na faixa dos R$ 16 bilhões durante a duração do contrato, o projeto deve atrair multinacionais do setor de logística e gestores de fundos de olho do setor portuário.
A sétima rodada dos leilões da aviação, que inclui o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é outra que chama a atenção dos grupos estrangeiros. Nos três blocos previstos para 2022, há ainda aeroportos de Minas Gerais e das regiões Norte e Centro-Oeste. O investimento total ultrapassa os R$ 7 bilhões.