
O WTTC disse ainda que o “ataque” do governo do Reino Unido à indústria durante o novo surto de variantes se mostrou ineficaz em interromper a Ômicron e devastador para o setor (Arthur Edelmans/Unsplash)
Com o avanço da variante Ômicron a partir de dezembro, o Reino Unido decidiu impor uma série de restrições para tentar evitar uma ploriferação ainda maior do vírus, incluindo teste de Covid-19 na chegada e período de auto-isolamento, bem como a exigência do teste ter sido realizado no máximo 48 horas antes da partida para o Reino Unido.
A regra do teste antes do embarque deixou de valer no dia 9 de janeiro. E a partir desta sexta-feira (11), turistas totalmente vacinados que chegam ao Reino Unido não precisarão mais realizar testes de Covid-19 após o desembarque. Os não vacinados, por sua vez, também contam com regras flexibilizadas, como a não necessidade de realizar o teste do oitavo dia, embora ainda precisem de testes antes da partida e no segundo dia.
E por conta de todas as restrições impostas em resposta à variante Ômicron, o World Travel & Tourism Council (WTTC), que vem alertando sobre risco de Reino Unido ficar ‘cada vez mais isolado’ com restrições, agora estima que o prejuízo para a economia britânica será de £ 7 bilhões (R$ 50 bilhões).
O WTTC disse ainda que o “ataque” do governo do Reino Unido à indústria durante o novo surto de variantes “se mostrou ineficaz em interromper a Ômicron e devastador para o setor. A imposição de restrições de viagem desnecessárias para ‘lidar’ com a Omicron não foi apoiada pela ciência e custou à economia do Reino Unido £ 7 bilhões em receitas perdidas”, disse Julia Simpson, presidente e executiva-chefe do WTTC.
De acordo com o Relatório de Impacto Econômico de 2021 do WTTC, o número de pessoas empregadas no setor de viagens e turismo do Reino Unido caiu de 4,27 milhões, em 2019, para 3,96 milhões em 2020 – uma queda de 7,2%.