
O Brasil foi o quarto país que mais solicitou o benefício no ano passado, atrás de Índia (64,7 mil), China (25,7 mil) e Filipinas (14,1 mil) (Divulgação)
O governo dos Estados Unidos recebeu 10.690 pedidos de green cards de trabalho (conhecidos como “vistos EB”) oriundos de brasileiros em 2023, um aumento de 48,9% sobre 2022 e o maior volume já registrado na história. O Brasil foi o quarto país que mais solicitou o benefício no ano passado, atrás de Índia (64,7 mil), China (25,7 mil) e Filipinas (14,1 mil). Os dados são de um levantamento realizado pela consultoria Viva América.
A maioria das petições brasileiras (8.558) são referentes aos vistos EB-1 e EB-2, destinados a profissionais com habilidades acima da média. Em geral, são dados a pesquisadores e a profissionais com pós-graduação ou grandes feitos na carreira.
É um dos principais indicadores de fuga de cérebro do Brasil, segundo explica Rodrigo Costa, CEO do Viva América. “Nunca houve tantos pedidos de vistos EB-1 e EB-2 como no ano passado por parte dos brasileiros. É um fenômeno marcado pelas situações opostas do mercado de trabalho americano e brasileiro. Nos EUA, há uma grave escassez de mão de obra, o que tem inflacionado salários e impulsionado a atração de trabalhadores estrangeiros”, explica ele.
Ele destaca ainda que o governo do presidente americano Joe Biden tem estimulado a contratação de profissionais das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, consideradas fundamentais para o desenvolvimento e a competitividade do país.
O levantamento do Viva América revelou que foram feitos ainda 2,1 mil pedidos de vistos EB-3 por parte dos brasileiros no ano passado O EB-3 é destinado a profissionais com ou sem ensino superior que não se enquadram nos critérios de qualificação do EB-1 e do EB-2. O visto é comumente usado por empresas americanas na contratação de imigrantes para vagas que exigem menos qualificação, como vendedores ou faxineiros.