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Cruzeiros

Argentina prevê 640 mil passageiros na próxima temporada de cruzeiros e R$1 bi em impacto econômico

Marco Ferraz, da Clia Brasil e Juan Pablo Maglier, da Clia Argentina

Marco Ferraz, da Clia Brasil e Juan Pablo Maglier, da Clia Argentina (Ana Azevedo/M&E)

BUENOS AIRES – A temporada de cruzeiros 2024/2025 na Argentina prevê receber 640 mil passageiros. Buenos Aires terá 130 escalas, atraindo aproximadamente 400 mil viajantes; Ushuaia contará com 550 escalas e uma previsão de 180 mil passageiros, enquanto Puerto Madryn receberá 43 escalas, totalizando 60 mil cruzeiristas. A previsão de impacto econômico é de mais de 200 milhões de dólares, soma que, em reais, ultrapassa 1 bilhão.

“Se considerarmos uma média de gasto diário de 100 dólares por cruzeirista, a estimativa de impacto econômico é de 60 milhões de dólares. Os números se assemelham aos da temporada anterior no Brasil, e há um esforço contínuo para promover o crescimento, com diálogo entre os governos”, aponta Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil em entrevista exclusiva ao MERCADO & EVENTOS.

Ushuaia se destaca como o melhor porto de entrada para a Antártica, o que justifica a procura e o alto volume de escalas. “Os cruzeiros na região incluem paradas nas Malvinas e em outras ilhas, gerando um expressivo movimento de navios de luxo e expedição”, exemplifica Ferraz.

Os cruzeiros de cabotagem entre Brasil e Argentina acontecem de outubro a abril, com navios como o Costa Favolosa, MSC Harmonia, Poesia e Esplêndida operando quase semanalmente. “O movimento de cruzeiristas brasileiros rumo à Argentina é significativo, sendo que os iniciantes costumam começar com cruzeiros menores, progredindo para experiências mais longas”, contextualiza Ferraz.

Entraves no crescimento

As diferenças burocráticas entre Brasil e Argentina são notáveis, uma vez que cada país possui sua própria política de vistos e protocolos sanitários. Apesar disso, algumas semelhanças também são evidentes, como a necessidade de negociar com terminais de passageiros, que são privados em ambos os países.

“O principal desafio enfrentado pelas atividades de cruzeiros na Argentina está relacionado aos custos. Melhorias nas infraestruturas e a criação de portos mais acessíveis são essenciais para garantir uma experiência satisfatória aos passageiros que chegam a Buenos Aires, Madri e Ushuaia”, aponta Juan Pablo, representante da Clia na Argentina.

Segundo ele, a Clia tem promovido um relacionamento próximo com os setores públicos nacional, provincial e municipal, com objetivos já alcançados. No entanto, a organização continua buscando melhorias, principalmente em questões de custos e infraestrutura.

O executivo celebrou os avanços, como a implementação do visto digital para tripulantes da Índia e Filipinas e um desconto na tarifa da hidrovia, essencial para a chegada a Buenos Aires. “Essas medidas foram negociadas com o Ministério do Turismo e a AGP, a Agência Geral de Portos. Contudo, ainda há espaço para melhorias, e é nisso que seguimos trabalhando”, afirmou Juan Pablo.

*O M&E viaja pela Gol Linhas Aéreas e com proteção GTA.

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