Especial 10 anos: retrospectiva especial de 2003

Em maio de 2003, saía da gráfica a primeira edição do MERCADO & EVENTOS, legado da FOLHA DO TURISMO, só que voltado exclusivamente aos profissionais do trade. O objetivo, além de trazer as últimas novidades e tendências do mercado no Brasil e no exterior, era promover debates e oferecer análises sobre o que importava, em questões políticas, econômicas e culturais; mostrar o que estava sendo feito pela imagem do Brasil no exterior, além de divulgar detalhes das principais capacitações, eventos e feiras. Naquele mês, o governo brasileiro também lançava um plano que revolucionaria a forma que encarar o setor no Brasil – o Plano de Desenvolvimento do Turismo. Para celebrar os dez anos do M&E, esta edição inicia uma série com os principais fatos contados pelo jornal, com os destaques de cada ano por edição. Nesta, trazemos o que ganhou atenção em 2003.

Há 10 anos, em janeiro, também era criado o Ministério do Turismo, com Walfrido dos Mares Guia no comando. A Embratur, desde 1966 comprometida com geração de emprego, renda e desenvolvimento, voltava-se então, naquele momento, ao Marketing, Promoção e apoio para comercialização dos produtos, serviços e destinos turísticos do país no exterior. Junto com o MTur, surgiam a Secretaria Nacional de Políticas do Turismo, sob orientação do Conselho Nacional de Turismo (criado em 2001), e a Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo. A Embratur apresentava nova equipe, com Eduardo Sanovicz, na presidência, e os diretores Nair Lobo, Vera Sanches, Jeanine Pires e José Francisco Salles.

Entre os objetivos do Plano Nacional, previstos para os quatro anos seguintes, estavam captação de 9 milhões de turistas estrangeiros, geração de R$ 8 bilhões em divisas, criação de 1,2 milhão de empregos no setor, aumento de 40 milhões para 65 milhões no número de passageiros transportados em voos domésticos e ampliação em 30% da oferta de produtos turísticos para comercialização. Incentivos suficientes para aquecimento do debate e desenvolvimento de novos projetos.

Em 2003, outra novidade no mercado era a realização do 1° Fórum Nacional do Turismo, organizado pelo M&El, no Rio de Janeiro. Na ocasião, foram realizados oito painéis com temas diversos, relacionados ao futuro do Turismo. No mesmo ano, o M&E lançou uma série de debates. O primeiro, no dia 30 de julho, teve a participação do então secretário nacional de políticas do Turismo, Milton Zuanazzi, do presidente da CVC, Viagens, Guilherme Paulus, do presidente da Braztoa, José Zuquim, do presidente da Federação Latino-Americana de Operadores de Turismo e Representantes (Flort), Illya Hirsch, e do gerente de operações da Varig Travel, Antônio Freire Marçal. Na pauta, estavam assuntos que traduziam as novidades todas que surgiam em 2003 – imagem do Brasil no exterior, Plano Nacional de Turismo, qualificação de mão de obra e papel dos agentes de viagem.

A participação do M&E nas feiras nacionais e internacionais também foi intensa, com cobertura da FIT Buenos Aires, BNT Mercosul, WTM em Londres, Feira das Américas (em um Riocentro revitalizado), Salão de Negócios da Braztoa, workshops de operadoras, entre muitos outros. Acompanhe nesta e na próxima página os principais fatos do Turismo em 2003 contados pelo M&E.

+ Maio

Em maio de 2013, o Turismo comemorava o lançamento do Plano de Desenvolvimento do Turismo, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As metas eram ambiciosas, dizia o M&E na ocasião. Uma delas era captar, em quatro anos, 9 milhões de turistas estrangeiros para o país. Ao mesmo tempo, o Brasil é de Vocês era realizado em Lisboa e Porto, com participação recorde de agentes e operadores portugueses.

+ Junho

O governo liberava R$ 890 milhões em recursos para pequenos e médios empreendedores da indústria do Turismo. O M&E apontava como obter o financiamento e explicava as vantagens e apoio técnico. Mares Guia também defendia a transformação da Organização Mundial de Turismo em entidade membro das Nações Unidas. Roberto Macedo, novo presidente da Varig na época, apontava a fusão como salvação para a aviação comercial.

+ Julho

A Embratur anunciava a ampliação da atuação no exterior, com a participação em 30 eventos, o dobro do realizado anteriormente. Novas posses ganhavam destaque, como do Conselho Estadual de Turismo do Rio de Janeiro e da Braztoa. Milton Zuanazzi, em visita à sede do jornal, declarava a intenção de criar a Conta Satélite.  Lá fora, os Estados Unidos aumentavam as exigências para obtenção de visto.

+ Agosto

O Nordeste ganhava força no Turismo brasileiro com o lançamento de nova campanha da CTI-NE, que visava a promoção de roteiros integrados. A United Airlines introduzia uma nova direção no país e anunciava o Brasil como principal destino na América do Sul. O Rio de Janeiro também recebia o Fórum Nacional do Turismo, organizado pela FOLHA DO TURISMO, com presença de cem empresários e representantes do setor.

+ Setembro

O M&E apontava algumas das principais demandas apresentadas no seu 1° Fórum Nacional do Turismo: incentivo ao Turismo e Segurança do Rio de Janeiro e fim da exigência de visto para os EUA. A luta pela capacitação e regulamentação dos guias de Turismo também ganhou destaque. Outro fato que ganhou atenção no mês foi o lançamento de material promocional do Ceará na Austrália.

+ Outubro

A edição do M&E trazia os principais destaques da Feira das Américas, com seu 31° Congresso, realizada no final do mês anterior. Durante o evento, o jornal havia promovido a eleição dos 10 profissionais que mais se destacaram para o prêmio Personalidade do Turismo 2003. (Ver Box Personalidade do Turismo 2003)

+ Novembro

O M&E apontava os destaques da WTM de Londres, com detalhes da apresentação dos produtos turísticos brasileiros ao trade internacional. O Festival de Gramado, com a presença do ministro Mares Guia, também movimentava setor, registrando a participação de 10 mil pessoas. Mares Guia anunciava ainda o Fórum Mundial do Turismo e o M&E alertava para o abandono do aeroporto Tom Jobim.

+ Dezembro

O governo confirmava a realização do Fórum Mundial de Turismo pela Paz e Desenvolvimento Sustentável. A Embratur ressaltava a necessidade de captar eventos e a Gol anunciava o lançamento de ponte aérea noturna a R$ 50.