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Abear prevê oferta menor e permanência da demanda para 2013

Eduardo Sanovicz, presidente da Abear

Eduardo Sanovicz, presidente da Abear


A lucratividade das empresas do setor de aviação civil, em 2012, ficou comprometida por diversos fatores como o aumento do preço do combustível,a  alta do dólar, as taxas e tarifas de navegação aérea, infraestrutura e, ainda, o ritmo desacelerado da economia global. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) acredita, no entanto, que 2013 deve ser diferente.

A perspectiva é de que haverá uma diminuição na oferta total, mas a demanda deve ser mantida, para que as taxas de ocupação sejam mais altas, as empresas tenham melhor rentabilidade e o preço médio das passagens também não passe por ajustes muito impactantes. Um dos maiores desafios para o setor aéreo brasileiro em 2013 é a questão do aumento do preço do combustível. Empresas como a Azul vêm utilizando voos experimentais com biocombustível, o que abre caminho para uma revolução e uma nova possibilidade de preservação ambiental.

Mesmo com o crescimento abaixo do esperado no último ano, quando as companhias mais consolidadas no mercado, como Gol e Tam, vêm diminuindo sua oferta, Avianca e a Azul têm mantido uma tendência de crescimento, elevando ou pelo menos mantendo a oferta. “Tivemos até um aumento em rotas e destinos, mas não foi suficiente. O negócio de transporte aéreo é muito ligado ao desempenho da economia, e a situação da economia esse ano também é refletida na realidade das aéreas”, declara Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, que reúne Avianca, Azul/Trip, Gol e Tam.

Conquistas de 2012 – A entidade vê como positivas para o setor aéreo as medidas anunciadas em dezembro pelo Governo Federal, com os investimentos para ampliar a infraestrutura aeroportuária – incluindo a concessão dos aeroportos do Galeão e de Confins, a ampliação e incentivos fiscais às rotas regionais, além da manutenção dos valores cobrados por tarifas aeroportuárias, que teriam reajuste em 1º de janeiro de 2013. De acordo com Sanovicz, além de bem-vindo, o pacote deve estimular o diálogo entre atores do setor aéreo e a sociedade, além de ampliar a oferta de transporte aéreo à população brasileira.
 
“A avaliação que fazemos é bastante positiva, pois mostra a mobilização do Governo em investir em infraestrutura aeroportuária e na interiorização desse investimento, que vai gerar mais desenvolvimento para o setor. Com a discussão do plano já a partir de janeiro, com as audiências públicas, teremos um conhecimento mais amplo; vamos entender melhor os detalhes”, diz Sanovicz, que prevê que os primeiros resultados virão em médio prazo. “Caminhamos para um cenário melhor. Se avançarmos nesse debate com a sociedade, é muito provável que no segundo semestre do ano que vem já vejamos resultados”, completa.
 
Além da infraestrutura aeroportuária, outra pauta da Abear que será impactada positivamente é referente às tarifas aeroportuárias. O anúncio de que não haverá mais o aumento de tarifas, previsto para 2013, significará uma economia de pelo menos R$ 400 milhões para as aéreas. “O setor vinha se preparando para um reajuste que chegaria a 86%. Mesmo com a redução nos custos que as companhias aéreas terão por conta da desoneração da folha de pagamento (R$ 300 milhões/ano), esse montante só com tarifas impactaria muito na saúde financeira e econômica dessas empresas”, avalia Sanovicz.

Pamela Mascarenhas

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