Sanchat explora segmento de eventos em Cuba

A Sanchat é a principal operadora brasileira especializada no destino Cuba, com mais de 30 anos de relações com o único país comunista do planeta, ela conta com uma sucursal em Havana e tem autorização para a emissão de vistos. Após explorar este universo das viagens de lazer, a empresa está se especializando em um outro nicho: eventos. A Sanchat é a representante oficial do Palacio de Convenciones de La Habana no Brasil e elabora pacotes para os principais eventos e feiras realizados na ilha. De acordo com Roberto Silva, diretor da operadora, em 2011 a Sanchat levou cerca de 2.900 brasileiros para Cuba, sendo que 40% foram para algum evento.

“São cerca de 380 eventos por ano, de diversos segmentos”, contou. Segundo ele, muitas dessas feiras contam com grupos de interesse no Brasil, como os de educação e saúde, por exemplo. “Nós avaliamos se há publico para o evento e montamos o pacote, mas a venda fica por conta das agências de viagens. Temos o produto pronto para que as agências possam trabalhá-lo”, completou.

Para ajudar na divulgação, a Sanchat mantém um site com a lista de eventos de Cuba. A agenda contempla feiras até 2013. O www.eventosemcuba.com.br tem um briefing de cada um dos eventos e os pacotes já formatados pela operadora. “Esta é mais uma ferramenta que oferecemos para os agentes de viagens. Ele pode, inclusive, mandar newsletters para os seus clientes de um determinado evento. O site tem este recurso exclusivo para as agências”, explicou.

Desde que o site foi criado, há dois anos, o número de brasileiros que participou de eventos em Cuba aumentou em 80%, segundo Silva. No entanto, as vendas da Sanchat neste segmento avançaram 20%. “Nós fazemos este trabalho de divulgação, mas não podemos obrigar ninguém a comprar conosco. Muitos compram pacotes de lazer e se inscrevem lá na hora, mas sempre pode ocorrer algum problema”, alertou o executivo, lembrando que a operadora possui um acordo com o Hotel Palacio Habana, localizado a cinco minutos do centro de convenções.

Silva acredita que as agências ainda não descobriram como podem explorar este nicho. “Nós somos uma operadora, não posso fazer uma newsletter para a associação de professores sobre um evento de educação, por exemplo. Nós provemos a ferramenta para que o agente de viagens possa trabalhar este produto, que é mais fácil de vender do que o lazer”, disse.