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Entrevistas

Flytour Eventos chega ao mercado no segundo semestre

Depois de apresentar a expansão do Grupo com a abertura da Flytour Viagens e seus escritórios internacionais baseados no Conesul, México e Estados Unidos, o presidente do Grupo Flytour, Eloi D’Avila de Oliveira, anuncia, com exclusividade ao MERCADO&EVENTOS, mais um passo no projeto de expansão. A empresa, que já atua nos segmentos de consolidação de bilhetes, viagens de negócios, operadora de turismo, franquias e serviços aeroportuários, terá, a parir de agosto de 2012, a Flytour Eventos, totalmente independente e voltada para a metodologia da criação e concepção de eventos de lazer ou corporativos.

“Hoje o segmento de eventos já existe dentro da Flytour Businnes Travel, mas vamos modificar esta estrutura para gerar um aumento de credibilidade e receita, já que este segmento de eventos será um dos que mais crescerá dentro do turismo nos próximos anos, comenta D’Avila. “A Flytour Eventos vai ser criada agora no segundo semestre junto com a ampliação dos nossos escritórios na América Latina”, diz.

Para o executivo, o momento é de extremo crescimento. “Investimos R$ 40 milhões em novos negócios e não vamos parar por aí. Agora nossos olhos estão voltados à expansão da área de eventos que em breve terá sua estrutura anunciada, bem como as pessoas que comandarão o seu funcionamento. Além disso, a abertura de mais bases internacionais para dar suporte as operações da Flytour Viagens realizadas desde o Brasil faz parte do business plan do Grupo ”, explica.

Internacionalização – De acordo com D’avila, esses escritórios estão localizados na Colômbia, Venezuela e Peru. Segundo ele, as novas bases internacionais já estarão integradas com as áreas de busiss travel e consolidação. “Se não abrirmos estes escritórios estamos perdendo a possibilidade de internacionalizar as empresas brasileiras. Isso não acontece apenas comigo. Muitas empresas de turismo no Brasil estão com esta visão de atuar fora do país”, diz.

Com relação à base dos Estados Unidos, em Orlando, especificamente, o executivo afirma que num primeiro momento o escritório será uma joint venture, como acontece com o Conesul. “Já tivemos uma Flytour nos EUA durante cinco anos. Para 2013 pretendemos ampliar a base nos EUA, daí sim faremos algo maior, próprio, porque vamos integrar toda a estrutura de viagens e corporativa”, comenta.

Mercado – Outro fato declarado por D’Avila é que o mercado de turismo caminha para a consolidação, ou seja, a união de grandes empresas para aumentar a competitividade de negociação e ampliar a oferta de produtos no mercado de turismo. “Nas nossas negociações [Flytour, Esferatur, Ancoradouro e Agaxtur] faltou aprofundamento nas conversas entre as operadoras para a criação de uma joint venture que resultou no Consórcio Agaxtur/Ancorardouro, anunciado no dia 10 de maio. As conversas que tivemos geraram muito mais especulação do que algo de concreto. Acredito na fusão e na própria aquisição de empresas do mercado de turismo, mas o que faltou foi aprofundarmos as conversas e negociações”, comenta.

De acordo com o executivo “esta é uma tendência para o mercado brasileiro. Ainda conversamos com outras empresas, mas os patamares são bem diferentes daqueles imaginados por aí. Nós temos um perfil arrojado e em muitos dos nossos negócios os riscos são grandes. Por isso, escolhemos com muito critério todos os nossos parceiros”, afirma.

MERCADO&EVENTOS – Como funcionará a Flytour Eventos? Como será a estrutura?
Eloi D’Avila de Oliveira – A Flytour Eventos vai se posicionar da seguinte forma: hoje temos 170 colaboradores voltados para a área de eventos dentro da Flytour Businees Travel –  que cuidam desde a criação dos eventos até a logística para o cliente. E isso está dentro do nosso segmento de Business Travel, o que não é bom, porque não tem seus próprios targets, budts, presidentes, visão e estrutura. Os dois segmentos tanto o de business quanto o de eventos acabam maquiando seus resultados.

M&E – Quanto os eventos representam dentro da Flytour Business Travel?
Eloi D’Avila de Oliveira – Unidos na mesma empresa, os segmentos corporativo e de eventos camuflam algumas atuações.  Acredito que o segmento de eventos responda entre 30% e 40% de toda a demanda que temos nas vendas para o corporativo. Por isso postamos em descentralizar a operação.  O segmento de eventos é o que mais vai crescer dentro do turismo. O agente de viagens que não tiver uma divisão de eventos dentro de sua agência vai perder grandes negócios no próximos anos. Mas isso será apenas para o próximo semestre. Precisamos agora engrenar a Flytour Viagens.

M&E – Hoje o Grupo vive uma expansão com a abertura da Flytour Viagens, mas a operadora já havia tentado operar por duas vezes, o que não deu certo?
Eloi D’Avila de Oliveira – Sim. Tentamos por duas vezes no passado e não obtivemos sucesso. A primeira vez com o Cristiano e a outra com o Fabio, meus filhos. Entre os fatores que impossibilitaram as tentativas aponto a falta de tecnologia. Além disso, o principal, a equipe que nós temos hoje com pessoas capacitadas e qualificadas para cada área de atuação. Entre outras situação, na segunda tentativa, alguns fatores nos prejudicaram como as eleições para a presidência, a queda do avião da gol e a proibição de voos charteres por parte da Anac. Perdemos muito dinheiro e tivemos que nos reinventar. Hoje vivemos um novo momento e o que é melhor, os dois filhos estão na equipe novamente.

M&E – Qual é o momento atual do turismo. O que se pode esperar deste segmento como fomentador de investimentos e gerador de negócios?
Eloi D’Avila de Oliveira – Eu vejo que a indústria do turismo foi a última a despontar no Brasil. Primeiro porque ela nunca foi valorizada e, segundo, porque não havia uma infraestrutura: não tínhamos aviões, aeroportos, hotelaria. O Brasil tem que se conscientizar que o turismo é a atividade econômica que mais cresce. O turismo cresce na base de três PIBs ao ano, se o país crescer 5%, o turismo cresce 15%. Em 2010, o Brasil cresceu 7% em seu PIB, o turismo 21%. No ano passo, o crescimento foi de 2,9%, no Turismo 10%.  O turismo é uma indústria que está se desenvolvendo e que vai gerar muitos empregos. O que o país precisa é de um orçamento melhor no Ministério do Turismo e de alguém que conheça realmente as necessidades do segmento. Não precisamos de políticos, precisamos de técnicos à frente da pasta. Além disso, eu acredito que quem investir agora no turismo vai ganhar dinheiro nos próximos 10 anos. Este é o momento do turismo no país.

M&E – Como espera o crescimento da Flytour Viagens no mercado junto aos agentes de viagens?
Eloi D’Avila de Oliveira – A Flytour Viagens vive um momento diferente no mercado nacional. Hoje , a Flytour acredita que os 4 mil agentes de viagens que vendem e emitem bilhetes conosco vivem de pequenas e médias empresas de negócios. Esta é a diferença. Além disso, a própria Flytour Amaricam Expressm que vive 100% do segmento de negócios vai mostrar aos seus clientes que também tem a área de lazer. Esta é a nossa diferença, vamos entrar no mercado na concorrência direta com as outras operadoras de lazer. Pela fatia corporativa que o grupo detém, esperamos um crescimento operacional rápido.

M&a
mp;E – Como avaliar as mudanças de mercado e o conhecimento dos agentes de viagens?

Eloi D’Avila de Oliveira – A renovação dos agentes vem com pessoas, sistemas e tecnologia. Tudo isso baseado no serviço. Hoje é assim nos Estados Unidos. As agencias online estão causando problemas para as companhias. O agente de viagem voltou a estar moda, mas não pode perder esse momento de voltar a investir, a crescer. Durante muito tempo o agente de viagens brasileiro investiu em imóveis, fazendas, em gado e cavalos, e esqueceu-se do seu negócio de origem, mas hoje, com a chegada das agencias online, as grandes, ele teve de se renovar para não perder ainda mais o controle do seu mercado.

M&E – Com esse panorama, qual a expectativa de crescimento do Grupo?
Eloi D’Avila de Oliveira – Hoje nós estamos com 2,6 mil funcionários e esperamos finalizar 2012 com 2,9 mil. Não é muita coisa, mas queremos manter o mesmo crescimento do ano passado, quando o crescimento do PIB nacional foi de apenas 2,9% e nós crescemos 11%. Já colocamos para dentro da empresa 200 novos colaboradores por conta da abertura da Flytour Viagens. Teremos mais 100 até o final do ano. Penso em crescer na mesma proporção porque investimos em um tripé: pessoas, sistemas e equipamentos. Hoje estamos bem consolidados e acredito que manteremos nossos objetivos de ampliar o leque de negócios do grupo.

Luciano Palumbo

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