Se antes era restrito aos multimilionários, o turismo espacial está prestes a se tornar uma realidade para centenas de pessoas um pouco menos privilegiadas financeiramente, numa espécie de viagem de “classe econômica” até o limite da atmosfera terrestre. Entre o segundo semestre deste ano e 2013, três empresas (Virgin Galactic, XCOR e Space Adventures) esperam começar a levar passageiros a cerca de 100 km de altitude, onde poderão experimentar um pouco da gravidade zero e apreciar a vista que os astronautas profissionais têm do planeta.
Até o momento, pelo menos 475 pessoas de 21 países, entre eles o Brasil, já depositaram um mínimo de US$ 20 mil para garantirem suas reservas nos voos da Virgin Galactic. A nave, com capacidade para seis passageiros e dois tripulantes, subirá até pouco mais de 15 mil metros de altitude, quando então vai ligar seu foguete para um passeio suborbital a até 110 km da Terra, com direito a cerca de cinco minutos de gravidade zero.
Sediada na Califórnia, a XCOR informa ter mais de 100 passagens reservadas, a US$ 95 mil cada, em seu pequeno avião espacial de apenas dois lugares (para piloto e turista) que deve começar a voar no ano que vem. Já a Space Adventures, do estado da Virgínia, começou a aceitar reservas muito antes e tem mais de 200 interessados em pagar US$ 110 mil para embarcar na sua nave automatizada em desenvolvimento pela parceira Armadillo Aerospace. Sem piloto, ela vai levar dois passageiros por vez até o limite do espaço a partir de data ainda a ser definida.
Desde 2001, quando o empresário americano Dennis Tito subiu ao espaço, sete turistas pagaram até US$ 40 milhões pelo privilégio de passar uma breve temporada na Estação Espacial Internacional (ISS).
O Globo online