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Política

Governo teme que Brasil passe imagem de país caro

Uma das preocupações do governo brasileiro é evitar que o setor hoteleiro aumente os preços durante os eventos esportivos. Esse foi considerado o “pecado grego” nas Olimpíadas de Atenas: para lucrar mais com o evento, a cidade aumentou todos os preços e o país ficou com a imagem de ser muito caro e afastou turistas. Por isso, a equipe econômica analisa um pedido dos empresários, que conta com total respaldo do Ministério do Turismo: a redução do custo da energia elétrica para o setor.

A equipe econômica também estuda a mudança de classificação de equipamentos para parques temáticos e hotéis. Se a pressão do setor der certo, TVs e aparelhos de ar-condicionado seriam rotulados como investimento e teriam corte de impostos. Isso beneficiaria diretamente os 36 hotéis em construção só no Rio de Janeiro. A estrutura que a cidade tem hoje não comporta o aumento do turismo. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH), a ocupação dos hotéis é de 85% em média. “ Isso significa que, no ano, há picos de 100% de ocupação. O Rio já perde grandes eventos hoje. Na Copa, estamos falando de 600 mil turistas estrangeiro”, diz o presidente da ABIH, Enrico Fermi Torquato.

Para ter certeza de que os preços não vão disparar, o governo quer criar uma câmara setorial para o turismo e fechar um acordo com o setor para que não haja uma alta generalizada. “O principal legado desses eventos não é o turismo no período dos eventos, mas o que vai gerar depois. É a imagem que vamos deixar para os 20 mil jornalistas que estão aqui”, afirma o presidente da Embratur, Flávio Dino.

Para dar uma guinada nos rumos do turismo de estrangeiros no país, a Embratur vai concentrar o uso dos R$ 48 milhões que tem para gastar em publicidade. Na nova estratégia, Dino resolveu reduzir os países onde esse dinheiro será gasto. Eram 35 e agora são 17 países, principalmente México — o maior emissor de turistas para a Copa da África do Sul — e Canadá. O Brasil quer deixar de ser um destino clássico apenas para argentinos.

O Brasil também reabrirá as filiais da Embratur no exterior que passaram 2011 fechadas. A internet é outro foco, já que a maioria dos turistas decide na rede o destino das férias. Foi posto no ar um vídeo interativo em 3D com cinco cidades que serão sede da Copa de 2014. No Rio, é possível fazer uma viagem de asa-delta sobre a cidade. Em Manaus, o passeio é num barco virtual para conhecer as redondezas. Já em Curitiba, é numa bicicleta.

Globo Online

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