Alguns cooperados e dirigentes de turismo presentes na Fit 2011 manifestaram ao MERCADO & EVENTOS sua insatisfação com as estratégias adotadas pela Embratur no modelo do cooperado utilizado durante a feira. Segundo eles, o principal problema é a falta de manifestações culturais tipicamente brasileiras, além de pouco destaque para os estados e empresas com mesas nas ilhas brasileiras.
“Não é possível identificar qual é a mesa de qual estado, porque a sinalização é muito pequena e não estão em um lugar visível”, reclamou um secretário. “Não há nenhuma manifestação cultural do Brasil. O que nos destaca é a multiculturalidade, mas tivemos poucas apresentações. Muito pontuais e pobres”, emendou outro dirigente do setor.
Outra queixa foi o isolamento do país, que neste ano contou com um pavilhão exclusivo. Desta forma, explicaram os secretários, o Brasil ficou longe do grande público e dos outros expositores internacionais. “Ficamos fora do contexto. Não soubemos aproveitar todo este espaço que nos foi dado”, disse um dos secretários presentes.
Além disso, os dirigentes reclamaram que a estratégia de promoção do país na Fit não esteve atrelada aos grandes eventos que acontecerão no país nos próximos anos. “Isso é muito importante e vai movimentar 12 estados. Não é algo que pode ser ignorado na promoção internacional do Brasil”, finalizou um dos insatisfeitos.
Por outro lado, também houve elogios quanto a algumas iniciativas como o cinema 360 graus, o café Brasil, da mesma forma que a participação de alguns estados como Bahia, Santa Catarina e Rio de Janeiro numa área próxima ajudaram a mostrar o potencial e a diversidade do turismo brasileiro.
O presidente da Embratur, Flavio Dino, já havia adiantado anteriormente que algumas modificações serão implantadas gradualmente e que os participantes dos cooperados serão ouvidos para dar suas sugestões nas feiras internacionais em 2012.
Anderson Masetto e Luiz Marcos Fernandes, de Buenos Aires