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Avianca: depois da consolidação no mercado é hora de crescer

Depois de dois anos de reestruturação a companhia aérea Avianca mudou seu foco e sua estratégia comercial desde o início do ano. Os planos de expansão da companhia foram confirmados por seu presidente, José Efromovich e incluem novas aeronaves e rotas, além de maior oferta de assentos. O primeiro passo já foi dado com a chegada de quatro Airbus A-320 até o final deste ano. Agora a ideia é consolidar o projeto de expansão da malha ainda, dando mais opções de voo e estabelecer as três novas bases da companhia: Ilhéus (BA), João Pessoa (PB) e Natal (RN), além de programar para o início de 2012 novas operações como a de Maceió (AL).

Efromovich contou também que já no próximo ano a empresa receberá mais dez aeronaves. No setor internacional, destaque para os novos voos no trecho entre Rio de Janeiro e Bogotá que começam a ser operados ainda este mês. Para alcançar um maior raio de expansão a estratégia é utilizar mais as redes sociais já a partir do próximo ano e um novo portal. A companhia deve fechar o ano com 3,4 milhões de passageiros transportados e comemora a marca de um milhão de clientes fidelizados. Apenas para janeiro próximo estão previstos 413 mil passageiros, contra 234 mil no mesmo período deste ano resultado que se viabiliza com base no aumento real de 90% da capacidade da companhia.

MERCADO & EVENTOS – Como a Avianca está se posicionando nesta nova conjuntura da aviação comercial no Brasil para se tornar mais eficiente e competitiva? Existe possibilidade de a Avianca Brasil buscar novas alianças?
José Efromovich – Continuamos vendo a possibilidade de crescimento. Se entre 2008 e 2010 nossa política foi de reestruturação e consolidação, agora vemos a oportunidade de crescer com um projeto de médio prazo. Este ano já recebemos cinco aeronaves A318 e já estaremos recebendo mais cinco em 2012 e outras cinco em 2013. Além disso, estamos recebendo outros quatro A320 este ano, totalizando 26 aeronaves. Estes números ainda podem mudar se o mercado assim exigir e para isso temos uma infraestrutura capaz de expandir rapidamente nossa frota. Quanto à questão da possibilidade de alianças, não existe interesse neste momento no mercado brasileiro. Queremos primeiro consolidar nosso produto e ofertar ao mercado um serviço diferenciado. Lembro que temos um parceiro natural que é a Avianca Internacional com quem sempre podemos contar.

M&E – Em relação a novas operações domésticas e internacionais, como está o planejamento previsto?
José Efromovich – Estamos basicamente focando um objetivo que é o de tornar a nossa malha mais densa, ou seja, nas rotas existentes queremos trazer maior número de freqüências. Já nos aeroportos onde não existem mais slots vamos trocar os equipamentos e com isso aumentar nossa oferta para o mercado. Isso significa trocar um Focker por um A320 e crescer 60% em assentos. Para 2012, estamos prevendo além de Maceió mais uma rota a ser definida. No internacional, estamos pensando em abrir uma nova rota na América do Sul para o segundo semestre do próximo ano. De imediato nosso foco está nas novas operações entre Rio de Janeiro e Bogotá que começam esse ano com três freqüências semanais.

M&E – A Anac tem culpado as empresas pela má qualidade dos serviços das empresas aéreas. Como vê esta situação?
José Efromovich – Entendo que a Anac tenha uma preocupação com o passageiro, mas imagino que eles planejam uma situação com o objetivo de resolver os problemas dos passageiros. A decisão de obrigar as empresas a terem um balcão para atendimento para as reclamações não é viável pelo simples fato de que não há espaço nos principais aeroportos e a Infraero teria que oferecê-los para as companhias, o que acho pouco provável. Por outro lado, entendo que os nossos funcionários já são bem treinados para dar todo tipo de esclarecimento ao passageiro. Não acho necessário este tipo de medida. Lembro que por dois anos seguidos a Avianca foi escolhida, numa pesquisa publicada na revista Exame, como a companhia que tem o melhor relacionamento com o cliente. Queremos continuar a sê-lo, pois o nosso foco é o serviço aos clientes. Basta observar a configuração de nossas aeronaves, refeições aquecidas e outros detalhes. Agora temos o final do ano e sempre se fala em caos aéreo. No ano passado, lembro que me questionaram sobre o que estávamos fazendo para evitar problemas e eu disse que não estávamos fazendo nada simplesmente porque já tínhamos feito o que era necessário e estava ao nosso alcance. A concorrência é sempre saudável, pois te obriga a fazer sempre o melhor.

M&E – Como estão os resultados da companhia para este ano em termos de market share e volume de passageiros transportados? E o programa de fidelização?
José Efromovich – Não discutimos o market share porque isso é uma conseqüência do serviço prestado ao passageiro. Nosso foco é a satisfação do passageiro e devemos chegar ao final do ano com 3,4 milhões de passageiros transportados. Quanto ao programa de fidelização, lembro que em setembro quebramos a barreira de um milhão de Amigos ou clientes fidelizados. Creio que estamos no caminho certo e o nosso foco é o passageiro. Não pensamos, no momento, em diversificar nossos produtos nem com charteres, nem com a criação de uma empresa própria que venha a vender pacotes como acontece com outras empresas concorrentes. No curto prazo não é meta nossa pois o grupo, apesar de operar em outras áreas, não tem interesse, pois na aviação estamos focados neste nosso programa de expansão.

M&E – Com os novos consumidores emergentes da Classe C, as empresas aéreas tem buscado ampliar seus mecanismos de comercialização incluindo as redes sociais. Como a Avianca tem se posicionado em relação a estes novos passageiros?
José Efromovich – Existe uma estratégia para utilizar as redes sociais e estamos procurando estabelecer com o passageiro uma linha direta. São iniciativas para crescer nosso mercado consumidor e atendê-los bem. Queremos ampliar nossa presença nessas ferramentas utilizando a tecnologia disponível. Temos um projeto para tornar o nosso portal mais dinâmico e interativo já a partir do início do ano que vem, quando teremos algumas mudanças significativas, proporcionando maior número de informações.

M&E – Como aproveitar as oportunidades geradas para as companhias aéreas com estes mega eventos esportivos e o aumento no volume de passageiros?
José Efromovich – Creio que os eventos em si são curtos, mas certamente a médio e longo prazos nossa infraestrutura tem que melhorar, tem que se adequar rapidamente para atender este incremento na demanda, de modo a receber satisfatoriamente a massa de gente que vem utilizando os aviões como meio de transporte. O projeto de concessão dos aeroportos precisa ser rapidamente esclarecido e definido. Da nossa parte, estamos nos preparando para atender sempre ao incremento na demanda, mas sem abrir mão da qualidade nos serviços e da nossa eficiência.

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