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No próximo dia 27 comemora-se o Dia Mundial do Turismo. Neste ano, a data, instituída pela Organização Mundial do Turismo (OMT), comemora a aproximação das diversas culturas mundiais proporcionada pela atividade turística. A cidade egípcia de Aswan foi escolhida para sediar as atividades que serão realizadas no dia 27.
Recentemente, o secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, afirmou que a mensagem deste Dia Mundial do Turismo é que, graças a essa atividade, milhões de pessoas, de diferentes culturas oriundas de todas as partes do Mundo “estão a unir-se como nunca”. Em suas palavras, esta interação entre pessoas com diferentes backgrounds culturais e diferentes modos de vida representa uma oportunidade enorme para a tolerância, o respeito e a compreensão mútua.
No ano que passou, 940 milhões de turistas viajaram a um país diferente, entrando assim em contato direto com uma nova cultura tangível, no que se refere à arte, os equipamentos turísticos, monumentos e prédios históricos; e também intangível, representada pela música, a gastronomia e as tradições, como a dança e as festas típicas.
Para nós, do Santos e Região Convention & Visitors Bureau (SRCVB), esta celebração é motivo de orgulho e satisfação, pois a Baixada Santista, hoje reconhecida como destino nacional e internacional de visitantes de diversas etnias, no passado foi a porta de entrada para imigrantes de variadas culturas, que se estabeleceram no Brasil entre os séculos XIX e XX.
A região da Baixada Santista se caracteriza por essa aproximação entre as culturas desde os primórdios da colonização portuguesa. Índios, africanos e portugueses formaram a base da população brasileira e ajudaram a construir as primeiras vilas e povoados locais e a formar os planos iniciais de desenvolvimento e progresso de um Brasil ainda selvagem.
A vinda de imigrantes, ressalvada a presença dos portugueses – colonizadores do País – delineia-se a partir da abertura dos portos às “nações amigas” (1808) e da Proclamação da Independência (1822). Estima-se que cerca de 4,5 milhões de pessoas imigraram para o Brasil entre 1882 e 1934. Destes, 2,3 milhões entraram no Estado de São Paulo como passageiros de terceira classe pelo porto de Santos.
Espanhóis, italianos, japoneses, judeus, alemães, sírios e libaneses chegavam à Baixada Santista em busca de oportunidades de trabalho por aqui ou em outras regiões do Estado de São Paulo, adaptando-se à cultura local, sem nunca perderem os traços de suas próprias culturas. Assim, nossa região se destaca pelo legado deixado por esses povos que por aqui passaram ou se estabeleceram, revelando suas marcas em nossa arquitetura, dança, música e costumes.
A Baixada Santista sempre se caracterizou como um pólo agregador de culturas. Os caiçaras que aqui viviam recebiam os estrangeiros com hospitalidade, agregando as tradições desses povos tão diferentes às deles próprios. E essa hospitalidade se repete nos dias de hoje, na estrutura de nosso turismo receptivo.
As imigrações em massa cessaram, mas ainda podemos exercer nosso espírito hospitaleiro e fraternal para com os visitantes de outros países que escolhem nossa Região como destino turístico. Teremos em breve uma ótima oportunidade de demonstrar esse espírito, durante a Copa de 2014, pois Santos e Guarujá são candidatas a cidades-base, devendo acolher seleções internacionais de futebol e suas delegações, durante a realização dos jogos.
Luiz Dias Guimarães – Presidente do Santos e Região Convention & Visitors Bureau
Luiz Dias Guimarães
