Durante o painel sobre o Turismo de Cruzeiros na América do Sul; participaram os representantes dos países Brasil; Chile; Uruguai e Argentina; que falaram sobre o impacto do setor na economia local. Para Marcelo Pedroso; da Embratur; os cruzeiros são produtos que permitem o Brasil se apresentar de forma diferenciada para o mundo. “Por meio dos cruzeiros podemos construir um legado de imagem muito boa para o país. O segmento é muito representativo e precisamos cada vez mais de sinergia entre os Estados para que os desafios sejam superados”; disse.
Entre as ações da Embratur; Pedroso destacou o empenho da entidade na promoção do país no exterior. “O mercado brasileiro de cruzeiros tem uma força muito grande; mas seu potencial ainda não atingiu o máximo; pois; está muito vinculado ainda ao mercado doméstico. Para isso; a Embratur investe em divulgação no exterior par aumentar o fluxo de turistas interessados no Brasil”; disse. Entre os principais mercados de atração estão América Latina; Estados Unidos e Europa; em especial a Alemanha e a parte do norte.
Para Leonardo Boto; da Inprotur Argentina; a situação do turismo no país nos últimos dez anos melhorou muito; saltando de 1;3 milhão de turistas em 2001 para 5;3 milhões em 2010; e segundo ele; o mesmo aconteceu com o turismo de cruzeiros; que passou de 137 para 160 na temporada passada; com mais de 300 paradas. Boto ressaltou também os investimentos em Mar del Plata e nos cruzeiros fluviais. “O que quero mostrar é que na Argentina transformamos e colocamos investimentos no turismo”; disse.
Benjamin Liberoff; do Ministério do Turismo do Uruguai ressaltou o crescimento do turismo de cruzeiros no páis “Fomos de 40 para 185 chegadas por temporada”; disse; e lembrou que os principais destinos são Punta del Estes e Montevidéu. De acordo com Liberoff; 54% dos cruzeiros são proveninetes do Brasil; mas que ainda o destino Uruguai pode ser muito mais explorado pelos brasileiros. Neste sentido; o palestrante anunciou que o país pretende firmar parcerias para cruzeiros entre o sul do Brasil e o Uruguai para a temporada 2013/2014; visando também a Copa do Mundo. “Nós estamos começando este ano a dar mais impulso ao uruguai; vamos focar mais em outros mercados”; concluiu Gianni Onorato; da Costa Cruzeiros.
Jacqueline Plass; subsecretária de Turismo do Chile revelou que o país adotou certas manobras para resgatar o turismo de cruzeiros no país; que nos últimos anos apresentou uma queda de 40%. “O governo está trabalhando em parceria com a indústria; baixando as taxas de faróis de 20% até 80% além de permitir que os cassinos dos navios funcionem sem pagamento”; afirmou.
Um ponto em comum abortado pelos representantes de todos os países foi a necessidade de uma ação conjunta entre os integrantes do Mercosul; com o objetivo de impulsionar o turismo de cruzeiros entre os países. “Eu vejo necessária esta ação conjunta; como o GP Náutico brasileiro que integra ações de governo e de entidades locais privadas”; comentou Pedroso; da Embratur. “Faz dois anos que estamos pensando em como aumentar a ação da Abramar no Mercosul; e por isso mesmo o nome Seatrade South America; e não Seatrade Brasil”; ressaltou Ricardo Amaral; presidente da Abramar.”Há um potencial muito grande para uma representação unificada e acho que quanto a isso chegamos a um consenso”; finalizou Chris Hayman; do Seatrade.