A força do Nordeste no setor aéreo A força do Nordeste no setor aéreo – M&E | Mercado e Eventos
Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.
Portal Brasileiro do Turismo

Opinião

A força do Nordeste no setor aéreo

A infraestrutura aeroportuária tem sido alvo de severas críticas de vários segmentos da sociedade brasileira; repercutindo até em reportagens na mídia internacional. A maioria das críticas foca os eventos pontuais; como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016; uma visão de curto prazo que ignora fatores técnicos; já que a escolha do Brasil para sediar esses importantes eventos esportivos já é por si própria um pré-reconhecimento da seriedade; profissionalismo e capacidade técnica para administrar as inúmeras demandas advindas dessa sazonalidade. Desqualificar o produto nacional é um velho hábito que tem resistido na mente de muitos compatriotas que alimentam a idéia de que somos inferiores às demais nações do planeta.

Muitos criticam e poucos analisam ou pontuam com conhecimento o estágio atual da infraestrutura aeroportuária. É até possível que quando os olhares do mundo estiverem focados no Brasil; os arautos do caos sequer sejam lembrados e as previsões pessimistas sobre o sucesso dos eventos sequer voltem à pauta. É essa liberdade que queremos da democracia; melhor regime do mundo; mas do qual muitos se aproveitam para falar inconseqüências e obter seus 15 segundos de fama.

Entretanto; à medida que o tempo avança; vozes técnicas; embora ainda com menos decibéis; mas com clareza e intensidade crescentes; começam a ser ouvidas. O setor aéreo já pondera o que sempre esteve no cenário: a infraestrutura existente nos aeroportos ainda pode atender com qualidade e segurança a demanda de curto prazo; bastando para isso que haja uma revisão na distribuição da malha aérea; utilizando horários ociosos em quase todos os aeroportos brasileiros; principalmente os localizados na região Nordeste; responsável até o mês de outubro por quase 22;2 milhões de passageiros; ou seja; 17;32% dos 132;4 milhões de passageiros atendidos nos 67 aeroportos administrados pela Infraero.

Salvador; Recife; Fortaleza; Natal e Maceió despontam como destinos preferidos; tanto para viajantes que buscam lazer; quanto os que aportam nas terras das águas mornas em busca de oportunidades de negócios.

Há muito trabalho e investimentos. A infraestrutura aeroportuária precisa e vai melhorar para atender e acompanhar o crescimento econômico do Brasil. Para o Nordeste; em seus principais aeroportos; existe um planejamento de investir mais de R$ 1 bilhão em obras de ampliação; aparelhamento; modernização e construção de novos terminais de passageiros; nos próximos cinco anos; muitas já contratadas e em execução. Projetos em diferentes fases estão em andamento e logo estarão prontos para serem licitados.

O Nordeste é uma região cheia de potencialidades e oportunidades de crescimento; cada vez mais reconhecida e em condições de receber mais voos; desafogando as rotas tradicionais para criar novas oportunidades de chegadas às capitais; já que atualmente a região vivencia uma concentração de voos; chegadas e partidas; predominantemente durante a madrugada; o que em algumas capitais dificulta o deslocamento até o destino final do passageiro.

Críticas serão sempre bem-vindas e são excelentes oportunidades para se conhecer o pensamento dos usuários dos serviços aeroportuários; além de balizadoras das melhorias que podem ser implementadas; mas sempre é bom considerar cada aeroporto como uma pequena cidade; onde muitos se esforçam e se completam na prestação de serviços ao público final. Identificar cada ator desse cenário; não é uma obrigação do usuário; mas um exercício de isenção e justiça na tentativa de responsabilizar o agente certo e aí sim; buscar cessar os efeitos indesejáveis; agindo na causa.

Fernando Nicácio da Cunha Filho é superintendente Regional da Infraero Nordeste

Receba nossas newsletters
[mc4wp_form id="4031"]