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Entrevistas

Trip: planos de expansão e voos mais altos

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Durante a última edição da Abav; no Riocentro; a Trip e o Ministério do Turismo anunciaram uma parceria para descontos de 35% nas tarifas para os destinos dentro do programa Viaja Mais Melhor Idade; destinado ao público da terceira idade. Mas os projetos da maior companhia aérea regional do país; e a terceira em número de voos; vão mais longe. O diretor de Marketing e Vendas da Trip; Evaristo Mascarenhas; confirma que até maio a Trip passa a adotar uma nova plataforma de vendas; o Sabre Sony que permitirá acesso ao GDS ampliando assim o processo de comercialização. Também confirma o programa de internacionalização dos  voos que depende apenas de autorização da Anac e a chegada de mais dez aeronaves até 2011. No último dia 24 a Trip apresentou sua nova campanha publicitária com o slogan “Tem algo diferente no ar”. A ação reforça o posicionamento da empresa; criada há mais de 12 anos que conta com a maior frota de aeronaves regionais do país.

Mercado & Eventos – O que levou a Trip a investir no mercado da terceira idade e qual a expectativa em termos de resultados?
Evaristo Mascarenhas
– Percebemos que este era um nicho de mercado com grande potencial por ser um público que tem mais tempo livre e dinheiro para viajar. Já tínhamos ideia de criar um produto para este mercado e observamos que o Ministério do Turismo estava ampliando o programa Viaja Mais Melhor Idade; onde as vendas se restringiam a pacotes ou reservas de hotéis. Faltava oferecer passagens aéreas e daí nasceu esta parceria; já que era um produto que interessava a todos. Nossa expectativa é de que em pouco tempo os passageiros mais idosos possam representar entre 3% a 5% do total de nosso fluxo. Lembro que transportamos perto de 3;5 milhões de passageiros por ano; o que representa um incremento significativo já que no ano passado transportamos 1;9 milhão de passageiros. Atuamente  representamos já 11;7% de todos os voos realizados no país.

M&E – Dentro dos planos de expansão existem novos roteiros previstos e chegada de novas aeronaves? Qual a estratégia prevista?
Evaristo Mascarenhas
– Sim; vamos  incorporar duas novas rotas chegando a 81 com operações para duas novas cidades ainda este mês. Começamos a rota entre Juiz de Fora; Varginha e São Paulo. A outra é a rota interligando Florianópolis e Curitiba a Belo Horizonte e que tem início neste dia 8. Vamos reforçar ainda o nosso hub em Confins já que até o final do ano teremos seis aeronaves chegando ao mesmo tempo no aeroporto Internacional de Belo Horizonte. Também vamos estender este voo de Belo Horizonte posteriormente até Porto Velho; numa ligação direta. Outra rota nos nossos planos que começa em breve é a que interliga Manaus; Belém; Salvador e Belo Horizonte. Lembro que algumas delas são cidades sede da Copa e estamos de olho no crescimento de passageiros. Quanto a nossa frota nós temos atualmente 40 aeronaves e a nossa meta é receber até o próximo ano mais dez chegando a 50 modelos ATR-42; para 45 lugares; o ATR-72 para 68 lugares e o Embraer 175 com 86  lugares e compramos dois Embraer 190 com 108 lugares.

M&E – O Brasil se prepara para receber mega eventos até 2016 como Copa e Olimpíadas. O que a aviação regional pode representar como facilitador de acesso aéreo às cidades de menor porte?
Evaristo Mascarenhas
– A aviação regional terá um papel fundamental neste processo de acessibilidade aéreo permitindo aos turistas e torcedores se deslocarem de uma cidade para outra. Lembro que a Trip opera hoje a partir do Rio de Janeiro para 58 cidades e isso sem dúvida é um grande facilitador já que muitas destas cidades não são servidas pelas grandes companhias. Creio que seja importante ao governo entender a importância deste segmento e reconheço que o principal gargalo hoje para as regionais está relacionado a infraestrutura dos aeroportos regionais. Atualmente não existem condições para operar em todas as cidades que gostaríamos. A malha aérea regional não passa de 5% e precisamos melhorar as condições de alguns aeroportos que não têm sequer aparelhos de raixo X e outros equipamentos essenciais para operações regulares. A privatização é apenas uma das possibilidades e creio que é importante sim passar a administração destes aeroportos para a esfera federal e não municipal como acontece atualmente. Cabe ao governo decidir o que é melhor; pois se trata de uma questão estratégica para o desenvolvimento regional. Lembro ainda que algumas cidades têm oferecido redução de impostos como forma de incentivo como aconteceu com Minas Gerais; Amazonas e Mato Grosso do Sul. Isso dá mais fôlego para as regionais e facilita a implantação de novas aeronaves.

M&E – As grandes companhias têm operadoras próprias que comercializam pacotes com hospedagem. A Trip pensa também em operar neste segmento? E em relação a novas alianças?
Evaristo Mascarenhas
– Temos ideia sim já a partir de 2011 passar também a oferecer pacotes de viagens; mas sem abrir mão da intermediação do agente de viagens que é nosso parceiro. Nossa ideia é não ter vendas diretas; mas sim por meio das agências; pois acreditamos que este é o distribuidor dos fornecedores para o mercado e vamos continuar a prestigiar estes profissionais. Quanto a questão das alianças nós já temos um acordo com a Tam que é a nossa parceira e vamos mudar a partir de maio de 2011 nossa plataforma para o Sabre. Isso nos dará acesso acesso ao GDS permitindo a comercialização e acordos de code  share de uma maneira mais automática facilitando o bloqueio de assentos.

M&E – E o processo de internacionalização da Trip? Existem planos de operar em cidades de fronteira?
Evaristo Mascarenhas
– Este é um processo que depende ainda da autorização da Anac e estamos aguardando apenas a licença para este tipo de operações já a partir de 2011. Creio que o principal benefício para o passageiro não é nem tanto o custo; porém o tempo de viagem. Em alguns casos o passageiro é obrigado a realizar escalas totalmente fora da rota tendo que vir a São Paulo antes; por exemplo; para fazer uma viagem entre Cuiabá e Santa Cruz de La Sierra. A ideia da Trip é interligar cidades de fronteira reduzindo assim o tempo de viagem e ao mesmo tempo permitindo uma redução também no custo da passagem. Dentro do programa de expansão do turismo para a América do Sul e outros destinos este processo será de fundamental importância.

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