Cliente corporativo é garantia de longa relação

A relação dos clientes corporativos com as agências de viagens foi tema de uma das plenárias realizadas hoje (21/10) durante o 38º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens – Abav 2010. A moderação ficou por conbta do diretor-presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp); Faustino Pereira. Ele enfatizou a característica das relações entre os agentes e as empresas corporativas; que é bem diferente da que acontece com o cliente de lazer.

“Nós; agências corporativas; não vendemos sonhos e experiências. A agência tem que estar encrustada nas organizações e deve trabalhar como um apêndice das empresas cumprindo o papel de melhorar a produtividade da companhia na aquisição de produtos relacionados a viagens”; disse. “Não é uma relação eventual; de quem compra um pacote a cada seis meses; por isso é necessário agregar valor e qualidade para essas viagens”; completou.

Pereira ressaltou ainda que as empresas estão cada vez mais preocupadas em gerenciar a sua política e os seus gastos com viagens; que hoje figura entre os três maiores das organizações. “Temos que estar preparados para gerir essas despesas e prestar uma consultoria para conferir competitividade para o cliente e para os fornecedores”; descacou. “Muitas agências estão também se especializando em viagens de incentivo e organização de eventos e convenções. Ou seja; tudo que está relacionado com viagens e não é o core business do cliente”; complementou.

Segundo o diretor-presidente da Abracorp; existem hoje cerca de 12 mil agências de viagens no país; sendo que 4.500 são especializadas no mercado corporativo. “Somos o principal mercado da América Latina; mas não somos muito representativos no mundo. A boa notícia é que este negócio cresce cerca de 5% ao ano e no Brasil essas taxas são maiores. Há um campo muito grande para avançarmos”; afirmou.

As 27 agências associadas à Abracorp tiveram um movimento de R$ 3;3 bilhões no primeiro semestre de 2010. De acordo com Faustino; a expectativa da entidade é aumentar o seu número de associadas em praças em que ainda não possui representatividade. “Queremos ter representações em territórios que ainda não estamos; mas mesmo assim; não queremos ser uma entidade muito extensa”; finalizou.