A Ubrafe (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios) realizou a segunda edição do CEO Weekend, reunindo mais de 40 CEOs e executivos do setor em Recife e representantes de outras associações setoriais como a Abrace, a Abeoc e a Abrape. O evento teve como foco a “Eficiência das feiras de negócios” e debates sobre os principais desafios enfrentados pelo setor no pós-pandemia.
A segunda edição do CEO Weekend reafirmou o papel estratégico das feiras de negócios como alavanca econômica e de inovação no Brasil. As discussões no encontro definiram os próximos passos do setor, como a criação de um comitê setorial para desenvolver ações que promovam eficiência operacional e práticas sustentáveis, e a colaboração entre diferentes Associações e Instituições para impulsionar a inovação e ampliar o impacto positivo das feiras de negócios no Brasil.
Sustentabilidade e ROI como Desafios Pós-Pandemia
A sustentabilidade é um tema recorrente nos encontros do CEO Weekend. Nessa segunda edição, as discussões sobre o ROI (Retorno sobre o Investimento) em eventos foram amplamente abordadas, tratando sobre a eficiência operacional e a capacidade e desafios das feiras de negócios gerarem valor econômico e sustentável.
Comitê Setorial para Otimização das Feiras
Uma das principais resoluções do encontro foi a criação de um comitê setorial para propor e analisar ações e atividades relacionadas à eficiência das feiras, como regras para a montagem de estandes, com foco na montagem modular e reutilizável, definições de tempos ideais de montagem e desmontagem de eventos, e métricas mínimas para reutilização de materiais nas montagens dos eventos, visando minimizar o impacto ambiental.
Entre as principais conclusões ficou claro que esta iniciativa de ampliar e comprovar o ROI na realização de experiências imersivas presenciais para comunidades específicas de negócios não pode ser uma iniciativa isolada de uma associação setorial e sim das diversas associações que compõem o sistema expositor brasileiro.
Além da Ubrafe, o comitê terá a participação de outras associações como a Abrace, que congrega as empresas montadoras de stands e cenógrafos, a Abeoc, que reúne empresas organizadoras de congressos, a Abrape, associação das empresas que organizam eventos relacionados à cultura e entretenimento, além de entidades como o Instituto Ethos e o Sindiprom/SP.
Benchmarking Internacional e a Agenda 2030
O CEO Weekend também destacou a importância do benchmarking internacional para aprimorar a eficiência dos eventos brasileiros, abordando temas como a gestão e organização de eventos, como um dos próximos passos definidos como necessários para inspirar e parametrizar as feiras de negócios no Brasil. Sistemas de montagem de eventos e as respectivas relações comerciais entre eles e os promotores de feiras e os recintos também serão foco de atenção nos próximos meses. Em 2025 haverá uma extensa visita técnica das lideranças do setor à Expo Universal de Osaka. A Expo servirá como referência para que o setor brasileiro avance em direção à Agenda 2030 e aprimore a gestão sustentável dos eventos de negócios no país.
“Até 2050 cerca de 77% da população mundial viverá em áreas urbanas e os eventos presenciais são parte fundamental do desenvolvimento profissional dos participantes e das cidades que os recebem. Desta forma tornar os eventos mais sustentáveis e eficientes faz parte da agenda de discussões encabeçada pela Ubrafe junto aos seus associados e as mais de 100 mil empresas que todos os anos participam das diversas feiras de negócios existentes no país como uma forma de alavancar negócios, alianças e inovação”, destaca Paulo Octávio Pereira de Almeida (P.O.), diretor executivo da Ubrafe.
Integração com a Sociedade Civil e Governo
O encontro reforçou a necessidade de o Comitê Setorial trabalhar para ampliar o diálogo para além das associações setoriais. Instituições da sociedade civil e órgãos governamentais, como o Instituto Lixo Zero, a ABNT e agências como a Embratur e Apex foram apontadas como essenciais para fortalecer a sustentabilidade e a eficiência dos eventos em todo o Brasil. Além disso, estados e cidades com destinos MICE. no Brasil serão incentivados a colaborar, por meio de suas Secretarias de Desenvolvimento Econômico, contribuindo para a promoção de destinos preparados para receber feiras de negócios e congressos.
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