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O projeto inclui a criação de uma autoridade nacional de jogos e a participação de executivos experientes de Las Vegas (Banco de fotos Unsplash/ Michał Parzuchowski)
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) estão desenvolvendo uma nova indústria de cassinos focada em turistas estrangeiros, apesar de o jogo ser culturalmente e legalmente proibido para seus cidadãos. O projeto inclui a criação de uma autoridade nacional de jogos e a participação de executivos experientes de Las Vegas, com a previsão de que o setor possa contribuir com até 1,7% do PIB do país, gerando cerca de US$ 10 bilhões por ano.
Em janeiro de 2022, o emirado de Ras Al Khaimah anunciou uma parceria com a Wynn Resorts para a construção de um grande resort integrado, que contará com uma “área de jogos”, sem usar o termo “cassino”. A primeira licença oficial para operar uma “instalação de jogos” foi concedida à Wynn Resorts em outubro de 2024. Além disso, o MGM Resorts confirmou a solicitação de uma licença de cassino em Abu Dhabi, e outras empresas estão se posicionando para entrar nesse mercado emergente.
Embora o governo dos EAU ainda não tenha utilizado formalmente a palavra “cassino”, o desenvolvimento da infraestrutura para a indústria de jogos está em andamento. O projeto mais avançado é o Wynn Al Marjan Island, em Ras Al Khaimah, um empreendimento de US$ 3,9 bilhões que contará com mais de 1.500 quartos e uma área de cassino maior que a do Wynn Las Vegas.
Esse movimento representa uma mudança cultural significativa nos EAU, um país onde o jogo sempre foi um tabu. Contudo, a iniciativa visa atrair turistas e aumentar a competitividade com outros destinos globais de entretenimento. Especialistas afirmam que o sucesso do projeto pode transformar o país em um dos principais centros de jogos do mundo, semelhante a Las Vegas.
