
Recursos foram usados para pagamento de benefícios e linha de crédito (Reprodução Agência Brasil/Lucas Leffa/Secom)
O governo federal alocou R$ 98,7 bilhões para ações emergenciais e reconstrução no Rio Grande do Sul, conforme anunciado nesta quarta-feira (11) em Porto Alegre pelos ministros da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, e da Casa Civil, Rui Costa. As medidas de apoio incluem assistência direta à população, suporte às empresas e auxílios aos governos estadual e municipal.
Entre as iniciativas destacam-se o pagamento de R$ 5,1 mil para cada família afetada, com um total de R$ 1,9 bilhão já desembolsado para 374 mil famílias. Também foram pagos R$ 285 milhões em auxílio a 102,2 mil trabalhadores, que receberam um salário mínimo por dois meses, com as empresas comprometendo-se a manter os empregos por quatro meses.
No programa Bolsa Família, 67.598 novas famílias foram incluídas, com um impacto de R$ 47 milhões. O saque do FGTS foi liberado para 1,05 milhão de trabalhadores em 446 municípios, injetando R$ 3,45 bilhões na economia local, além da antecipação da restituição do imposto de renda para 900 mil pessoas, totalizando R$ 1 bilhão. Foram ainda pagas duas parcelas adicionais do seguro-desemprego.
No setor habitacional, o programa Minha Casa Minha Vida Reconstrução destina R$ 3,48 bilhões para a construção de 24,8 mil novas moradias para as famílias desalojadas.
Para apoiar as empresas, foram oferecidas linhas de crédito de R$ 30 bilhões pelo Pronampe e R$ 4 bilhões para produtores rurais, além da suspensão de pagamentos de financiamentos de bancos públicos, como BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
O governo federal também adiou o pagamento da dívida do estado por três anos, o que libera R$ 11 bilhões para reconstrução, e suspendeu os juros da dívida, totalizando R$ 12 bilhões. Além disso, uma parcela extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e R$ 316,6 milhões foram destinados a 96 municípios em situação de calamidade.
O governador Eduardo Leite ressaltou a importância da suspensão da dívida, destacando que os recursos ficarão no estado para financiar a reconstrução e ativação econômica. Ele também destacou o diálogo constante com o governo federal na busca por soluções.
O ministro Rui Costa elogiou a resposta federal como histórica em volume e rapidez, e Paulo Pimenta destacou o trabalho da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que agora será integrada à Secretaria-Executiva da Casa Civil.
Dos R$ 98,7 bilhões destinados, R$ 42,3 bilhões já foram efetivamente pagos pela União.
*Com informações da Agência Brasil.