O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, voltará a operar voos comerciais em 21 de outubro, após a interrupção das atividades iniciada em 3 de maio devido às enchentes que atingiram a cidade. A informação foi confirmada pelo ministro Paulo Pimenta, responsável pela Reconstrução do Rio Grande do Sul, durante uma inspeção nas obras de recuperação do terminal. Estão previstos 128 voos domésticos diários, e a retomada completa das operações internacionais está marcada para 16 de dezembro, quando o aeroporto deverá funcionar com 100% de sua capacidade.
“Temos 60% do trabalho para concluir nesses próximos 60 dias. Estamos com usinas implementadas dentro do aeroporto para agilizar a entrega”, explicou Edegar Nogueira, vice-presidente de operações da Fraport. A conclusão das obras está prevista para 16 de outubro, permitindo a revisão da estrutura antes da retomada.
As enchentes, que causaram a suspensão das atividades no aeroporto, obrigaram o remanejamento dos voos para a Base Aérea de Canoas. O governo federal, em conjunto com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a concessionária Fraport, está conduzindo as obras de recuperação do Salgado Filho. Até o momento, 40% das obras foram concluídas, com foco na recuperação de um trecho de 1,7 mil metros da pista de pousos e decolagens.
Durante a inspeção, o ministro Paulo Pimenta destacou que não haverá antecipação da retomada dos voos no aeroporto antes da data prevista. “A retomada parcial contará com 128 voos diários, entre pousos e decolagens”, afirmou. Pimenta foi acompanhado pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo Filho, que garantiu que a Anac encaminhará um estudo técnico de reequilíbrio do contrato de concessão do aeroporto ao TCU em 21 de agosto.
A Fraport estima um prejuízo total de R$ 700 milhões devido às interrupções, e o governo federal avaliará posteriormente a liberação de recursos do Tesouro para a concessionária. “Existe um conjunto de obras que fazem parte da concessão e que já estavam programadas para serem feitas. Após, a AGU vai encaminhar toda a documentação ao Tribunal de Contas, para que produzam o estudo necessário para complementação do Tesouro”, explicou Pimenta.