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Aviação

Tarifas altas são responsáveis por ‘normalizar’ demanda por viagens aéreas pós boom da pandemia

Atrasos na cadeia de suprimentos também limitam aéreas e desaquecem o setor, segundo especialistas (Unsplash/Suganth)

A demanda por viagens aéreas está normalizando depois do boom após a pandemia da Covid-19, à medida que os turistas e viajantes se recusam a pagar tarifas mais altas. De acordo com executivos das principais companhias aéreas do mundo, presentes no Farnborough Airshow, que aconteceu na segunda-feira (22), a tal ‘demanda reprimida’ pós pandemia está se encerrando e os viajantes estão procurando a maneira mais econômica de viajar.

“Começamos a ver a normalização da demanda. O que isso significa? Quero dizer que a demanda existe, mas agora os viajantes estão procurando, como antes da pandemia: o preço mais acessível, o mais baixo, o melhor preço para suas viagens”, disse Guliz Ozturk, CEO da Pegasus Airlines, companhia aérea de baixo custo da Turquia, durante o evento.

A afirmação pode ser sustentada observando os resultados do primeiro semestre deste ano divulgados por algumas aéreas. Como é o caso da Ryanair, que revelou uma queda maior do que a esperada no lucro trimestral, já que as tarifas caíram 15%, com a administração dizendo que os preços das passagens continuavam a se deteriorar.

Algumas companhias aéreas europeias também divulgaram resultados mais fracos do que o esperado no primeiro trimestre, e suas dificuldades com os custos também deverão ser transferidas para os resultados do segundo trimestre. A Lufthansa, por exemplo, cortou sua meta de lucro pela segunda vez este ano, no início deste mês.

Problema com a cadeia de suprimento intensifica desaceleração

Para executivos do setor, os contínuos atrasos nas entregas dos fabricantes de aviões Airbus e Boeing, bem como as restrições da cadeia de suprimentos, são também responsáveis pelo ‘desaquecimento’.  A capacidade de produção dos dois fabricantes de aviões dominantes está esgotada há muitos anos, resultando em longos períodos de espera para as companhias aéreas que desejam substituir e/ou aumentar suas frotas.

Darren Hulst, vice-presidente de marketing comercial da Boeing, reconheceu que a fabricante precisa se esforçar mais para os seus clientes. “Não há dúvida de que decepcionamos nossos clientes, e os decepcionamos várias vezes, em muitos casos”, disse Hulst, referindo-se aos atrasos nas entregas. “Precisamos criar essa estabilidade para que possamos fornecer não apenas um avião de qualidade, mas um avião de qualidade no tempo de entrega acordado”, finalizou.

*Com informações do Reuters.

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