MARICÁ – Um dos empreendimentos turísticos sustentáveis mais ambiciosos em fase de finalização de projetos, o Maraey, considerado o maior complexo hoteleiro no Estado do Rio de Janeiro, ocupará uma área de 844 hectares na Costa do Sol, em Maricá, e inicia sua primeira fase de construção no segundo semestre de 2025.
Em 2025, segundo semestre em 2025, se tudo for certo. “Para um projeto dessas dimensões e com tantas complexidades, os prazos devem ser flexíveis, mas estamos encerrando e trabalhamos forte para que no segundo semestre de 2025 iniciemos, de fato, as obras de construção da primeira fase, que inclui três hotéis (brandes residences) e uma Universidade”, explicou o CEO de Maraey, Emilio Izquierdo.
Os hotéis exclusivos que serão construídos no complexo são resultado de uma parceria de Maraey com a Marriott International, que, juntos, somam 1,1 mil quartos. O Ritz-Carlton Reserve terá seu primeiro resort na América do Sul. O JW Marriott será um dos primeiros resorts dessa bandeira com regime all-inclusive no mundo. Já o Rock in Rio, Autograph Collection inova como o primeiro hotel temático com a marca do festival.
Toda a primeira fase de construção do empreendimento, incluindo os três horeis e a universidade, acontecerá ao mesmo tempo e, para tanto, A Maraey assinou um acordo de cooperação e financiamento com três bancos de desenvolvimento – a International Finance Corporation (IFC) do Grupo Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento Invest do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco de América Latina e Caribe (CAF). “Pela primeira vez na história, as três entidades, juntas, participam de um projeto tão grandioso como o complexo Maraey para o financiamento da primeira fase”, disse.
O investimento estimado na primeira fase do projeto é de R$ 3,5 bilhões, destinados aos três hotéis e 244 Branded Residences afiliados à rede Marriott International, a Maraey Hospitality Business School, certificada pelo Grupo EHL (École Hôtelière de Lausanne), e ao Centro de Referência Ambiental (CRA), além de outras ações ambientais, sociais e de governança ESG.
Com o investimento e desenvolvimento desta primeira fase, segundo Izquierdo, “o Maraey vai criar um novo destino turístico que terá um impacto mundial”, adianta o CEO, lembrando que o empreendimento está trabalhando para que tudo aconteça conforme o previsto e programado. “Depois da finalização do projeto teremos alguns meses entre o prévio, a execução de um edifício, outro edifício, a estruturação financeira e de capital, estamos trabalhando para que tudo seja desenvolvido ao mesmo tempo”, assinalou.
MARICÁ – A escolha de Maricá para a implantação do Maraey foi pelas características físicas únicas e incríveis do terreno, com uma área de 844 hectares, 8,5 km de praia e a lagoa de Maricá, com 12 km de extensão, explicou Emilio Izquierdo
“Maricá é um município que vem sendo desenvolvido muito bem ao longo desses últimos anos, que está mudando e experimentando uma transformação interessante com relação ao compromisso ambiental, com muitas unidades de conservação, respeito, cuidado, carinho ambiental forte, com compromisso com a sociedade, com as pessoas, com a educação e a tecnologia também”, reconheceu.
Izquierdo acrescentou que tudo está acompanhando Maricá como município, junto ao projeto Maraey. “Essa criação de um novo destino turístico de padrão internacional, creio, faz um mix muito bom. E obviamente não podemos esquecer a proximidade do Rio de Janeiro, a porta de entrada, o flagship do turismo internacional do Brasil”, salientou.
Universidade – O Maraey tem dois focos na educação. O primeiro é uma universidade dentro do projeto, que em fevereiro passado deste ano foi premiada em Londres como o melhor projeto de usos públicos do mundo, junto com a Universidade de Los Ángeles, que é a melhor universidade de hoteleira do mundo. “A nossa será uma universidade para 700 alunos que vai aprimorar a capacitação das pessoas que vão trabalhar no topo, na pirâmide, no setor de hotelaria”, disse.
Izquierdo acrescentou que já está junto com a OMT e a Universidade de Lausanne, mas também está negociando com o Ministério do Turismo e o Senac para implementar cursos de capacitação profissional. Entre outros, o Vocational, Educational Training Program, que hoje estão presentes em 32 países, mas nenhum em países da América Latina.
“O Brasil se tornará o primeiro país que implementará os cursos de capacitação profissional mais reconhecidos do mundo, da Universidade de Lausanne e, junto com o regime de co-branding, da ONU Turismo.
A ideia da universidade é assistir 150 mil estudantes nos próximos cinco anos. “É um plano ambicioso, mas um dos gargalos do desenvolvimento turístico sustentável do Brasil ainda é a falta de formação. E nós estamos ajudando a corrigir esse gargalos com a universidade e com os cursos de capacitação profissional”, finalizou.