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Aviação / Turismo em Dados

Setor aéreo enfrenta os desafios da cadeia de suprimentos para renovar frotas e reduzir custos

Idade média da frota global de aeronaves aumentou em mais de 18 meses nos últimos 5 anos, passando de pouco mais de 13 anos em 2018 para 14,6 anos em 2023 (Divulgação)

Os desafios na cadeia de suprimentos, que vêm lá da pandemia, estão atrasando a renovação da frota e os benefícios para as companhias aéreas. Em 2020, as entregas de novas aeronaves caíram 50% em comparação com o pico observado em 2018. A carteira de pedidos global, no entanto, subiu para incríveis 17 mil aeronaves em 2023. O resultado? A idade média da frota global aumentou em mais de 18 meses nos últimos 5 anos, passando de pouco mais de 13 anos em 2018 para 14,6 anos em 2023.

Os dados foram compartilhados pelo Country Director da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), Dany Oliveira. De acordo com ele, em 2023, incríveis 4.745 aeronaves foram adicionadas às carteiras de pedidos. No entanto, gargalos na cadeia de suprimentos significam que essas compras levarão mais tempo para reduzir a idade média da frota global. “As empresas aéreas terão que esperar mais para colher os benefícios em termos de menor consumo de combustível e emissões de CO2”, disse ele.

“As empresas aéreas terão que esperar mais para colher os benefícios em termos de menor consumo de combustível e emissões de CO2”

Dany lembra que a renovação da frota é um passo muito importante para a sustentabilidade. “A taxa de renovação é o número de aeronaves entregues em relação ao tamanho total da frota. Essa taxa aumentou de 3,9% em 2005 para 5,8% em 2018, permitindo que a frota se rejuvenescesse rapidamente durante esse período. A maior parte das novas aeronaves foi para Ásia-Pacífico, Oriente Médio e América Latina, cujas empresas aéreas receberam três vezes mais aeronaves do que na década anterior”, revelou.

Taxa de renovação e idade média da frota mundial (Reprodução/Iata)

Uma frota mais jovem, novas opções de motores e maior densidade de assentos levaram a uma maior eficiência de combustível. Durante esse período, o consumo de combustível por tonelada-quilômetro disponível diminuiu em 15% “Se a taxa de renovação tivesse permanecido acima de 5% entre 2019 e 2023, cerca de 3 mil aeronaves adicionais teriam sido entregues. Infelizmente, o déficit só será parcialmente atendido pelas 1,6 mil entregas previstas para 2024 (4,6% da frota global)”, complementou.

E a taxa de renovação da frota global precisa aumentar para alcançarmos os objetivos de descarbonização de nossa indústria. “Por mais que a renovação da frota possa desempenhar um papel importante na descarbonização do transporte aéreo, ela não pode gerar resultados mais rapidamente do que as aeronaves podem ser entregues. Portanto, é essencial que a cadeia de suprimentos acelere as entregas de novas aeronaves”, finalizou Dany Oliveira, da Iata.

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