A presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro, saiu em defesa da democratização do setor aéreo como uma forma de baratear o preço das passagens aéreas. Em artigo divulgado em suas redes sociais, Jurema afirma que o que tem sido defendido (e que é uma luta de quase todos os setores produtivos) é a necessidade de uma agenda para o cenário do setor em várias frentes para que as condições de custos, além de mais garantia e segurança jurídica, sejam retomadas.
“Medidas que gerem previsibilidade para que nossas empresas e/ou investidores possam planejar e melhorar sua oferta. Quanto maior a oferta, mais chance de competição e menores custos”
“Medidas que gerem previsibilidade para que nossas empresas e/ou investidores possam planejar e melhorar sua oferta. Quanto maior a oferta, mais chance de competição e menores custos. A história do setor deixa claro seu potencial e já mostrou como podemos crescer. O gráfico (veja abaixo) demonstra o quanto evoluímos desde 2002, e que retomadas as condições de custos podemos buscar, de fato, a democratização do nosso transporte aéreo e sair da 0,5 viagem por habitante”, disse ela.
Jurema lembrou que, em 2002 eram 3% de tarifas até R$ 500. Em 2022, 57%. “E isso só foi possível devido à competição entre as empresas, o que possibilitou sairmos de 30 para 100 milhões de passageiros no transporte aéreo, muitos pela primeira vez. É nisso que acreditamos e por isso seguiremos trabalhando. Por mais rotas, voos e passageiros!”, complementou a presidente da Abear, que citou ainda a consolidação da retomada do transporte aéreo, voltando ao marco de mais de 100 milhões de passageiros transportados.
“E isso só foi possível devido à competição entre as empresas, o que possibilitou sairmos de 30 para 100 milhões de passageiros no transporte aéreo, muitos pela primeira vez. É nisso que acreditamos e por isso seguiremos trabalhando. Por mais rotas, voos e passageiros!”
Segundo ela, graças à resiliência das empresas e da demanda que mostra como o transporte aéreo é o modal favorito da população. “Os dados da Anac apontam redução de 6% na tarifa média comparando o acumulado de janeiro a outubro de 2023, com o mesmo período de 2022. Se compararmos com 2019, período pré-pandemia, há um aumento de 17%, sendo que o QAV (que representa 40% dos custos) subiu 97%. Nesse mesmo período houve a flutuação do câmbio do dólar, que indexa 60% dos custos das empresas brasileiras”, frisou ela.
Além das particularidades do mercado brasileiro, a tendência de aumento nas passagens aéreas é mundial e o mesmo impacto aconteceu em grandes mercados. “Não há dúvidas que o setor vive mundialmente uma nova fase e que os preços dos bilhetes estão pressionados. Nos EUA, por exemplo, o aumento da tarifa média foi de 10%. Na Europa, algumas das principais rotas variaram de 20% a 30%, lembrando que nesses mercados as empresas aéreas tiveram ajuda governamental, o que não aconteceu aqui no Brasil”, destacou Jurema.