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Aviação / Destinos / Política

Iata pede ao governo federal e à Petrobras que reduzam o preço do QAV no Brasil

Segundo a associação, o preço do querosene de aviação (QAV) no Brasil é excessivamente alto e não reflete a realidade de um país produtor de petróleo (Unsplash)

A Associação do Transporte Aéreo Internacional (Iata) solicitou formalmente ao Governo Federal do Brasil e à empresa estatal de petróleo Petrobras que revejam o mecanismo de preços do querosene de aviação no Brasil, que é um dos principais desafios enfrentados pela indústria da aviação no país. Segundo a associação, o preço do querosene de aviação (QAV) no Brasil é excessivamente alto e não reflete a realidade de um país produtor de petróleo.

“A posição de monopólio da Petrobras e os custos administrativos adicionais cobrados resultam em preços de querosene de aviação artificialmente inflacionados. Além disso, uma pesada carga tributária sobre o querosene para voos domésticos, impacta ainda mais negativamente a competitividade do setor. Consequentemente, o querosene de aviação representa cerca de 40% dos custos totais para as empresas aéreas brasileiras, enquanto a média mundial está atualmente em torno de 30%, em um momento de preços excepcionalmente altos em todo o mundo”, disse Peter Cerda, vice-presidente regional da Iata para as Américas.

“A posição de monopólio da Petrobras e os custos administrativos adicionais cobrados pelo fornecedor resultam em preços ar”tificialmente inflacionados

Ele acrescenta que “a aviação é um setor vital para a economia e o desenvolvimento social do Brasil. Em 2022, o setor contribuiu com US$ 27,5 bilhões para o PIB do país e gerou 1,1 milhão de empregos. Apesar disso, o Brasil tem um número muito baixo de voos per capita, com 0,4 viagens por ano, o que significa que o brasileiro médio mal faz uma viagem a cada dois anos. Em comparação, o americano médio faz 2,6 viagens por ano, e o português médio faz 4,5 viagens por ano, frisou ele.

“Brasil tem um número muito baixo de voos per capita, com 0,4 viagens por ano, o que significa que o brasileiro médio mal faz uma viagem a cada dois anos”

Com uma população de mais de 200 milhões de habitantes, Cerda afirma que existe potencial para que mais brasileiros voem, mas o alto custo do querosene de aviação torna as viagens aéreas mais caras, impedindo que mais brasileiros possam voar. “Ao adotar as melhores práticas globais, o Brasil pode impulsionar seu setor de aviação e se beneficiar do aumento da conectividade, do turismo e do comércio”, finalizou o VP da Iata.

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