
Equipe da Embratur em reunião com a Agência de Promoção de Exportações da Alemanha (IPD) (Axel Kammann/Embratur)
A Embratur anunciou que fará uma parceria com a Agência de Promoção de Exportações da Alemanha (IPD) para apoiar o turismo sustentável e de base comunitária no Brasil. A agência alemã planeja que o Brasil seja o foco das ações na América Latina. O objetivo é, por meio da promoção da sustentabilidade e do turismo comunitário, fazer com que mais europeus, interessados em viagens dessa natureza, visitem o Brasil.
O assunto foi tratado durante a ITB 2023, entre o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a vice-diretora da IPD, Judith Emerling, e o gerente de sustentabilidade da instituição, Marius Türmmich. Durante o encontro, Marcelo Freixo e a diretora de Negócios e Marketing Internacional, Jaqueline Gil, reafirmaram que o engajamento com a agenda climática é compromisso prioritário da nova Embratur e que uma gerência foi criada para se dedicar ao tema.
Segundo Emmerling, turistas oriundos da Europa valorizam experiências que não provoquem impacto na emissão de carbono e que gerem impactos positivos em pequenas comunidades que estejam comprometidas com a conservação ambiental, como quilombolas, caiçaras, ribeirinhos e indígenas.
“O Brasil da sustentabilidade e da promoção da diversidade está de volta, e a Embratur é uma das expressões disso. Nós estamos trabalhando para que o turismo seja um motor do engajamento do turismo em programas de conservação das florestas e demais biomas, da proteção dos direitos dos povos tradicionais e da redução da emissão de carbono. Além de ser uma questão de defesa da vida e do planeta, esse é um valor fundamental para que o Brasil seja um destino mais competitivo no turismo internacional”, avaliou o presidente.
CONECTIVIDADE – Freixo também recebeu no estande da Embratur o gerente de Novos Negócios da companhia aérea Condor, Oliver Feess. A empresa, que operava linhas que ligavam a Alemanha a Salvador, Recife, Fortaleza e Rio de Janeiro, suspendeu todas as operações para o Brasil entre 2016 e 2019, mas existe a intenção de retomar esses voos. Ele explicou que, para que voos ao Brasil sejam economicamente viáveis para a companhia, é necessário ampliar a promoção dos destinos brasileiros.
“O turismo internacional gera emprego e, para recebermos mais turistas estrangeiros, um dos fatores principais é a ampliação da malha aérea que tenha o Brasil como destino. Estudo da FGV, antes da pandemia, mostrou que a cada R$ 1 investido na promoção internacional do turismo brasileiro, R$ 20 são injetados na economia. Nós vamos trabalhar na perspectiva de aumentar o interesse pelo Brasil e também ampliar a demanda para viajar e conhecer nosso país”, explicou Freixo.